terça-feira, 11 de agosto de 2009

Envolto há folhagens secas, cobrem o chão o ano todo, arvores de eucalipto que se estendem, de forma que, pequenos fios de luz crepusculares penetrem. Uma revoada de pássaros negros sobrevoa. Ai então o que ensurdece é o silencio preenchendo-me Pouco a pouco.



Teu coração feito paisagem, apenas distancia,
Vidas de face inexpressivas, presos em teus sonhos,
Ramos que crescem e se perdem no vento,
Carrossel de desejos inebriados.

A carruagem lhe espera, vamos todos para onde?
Nossas paginas estão ao sopro do vento, folheando-se esvoasantes.
A folhagem a muito tempo secou-se , ainda quero sombras,
Não há expressão não importe o quão desesperado fique.

Muito obrigado, por tudo, sentirei saudades...
Carrossel de desejos embriagados.
Sorrisos, passagens que não posso mais... o tempo,
Os ponteiros cravados em suas mãos,
Passos atordoados insistem em perseguir sombras,
A musica se repete, e tudo ainda está girando,
Nossos olhos tumefactos de esperanças.

Marcelo Felipeti