sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Adaptar-se a esta sociedade é praticar constantemente a vulgaridade de ignorar o fenomeno vida.
Viver esta estrutura social é alimentar a insanidade dos séculos.
Talvez fosse eu , animal morto a beira da estrada, ali jogado tirando gemidos de repulsa ao publico que passa. Mas decidi passar junto aos passantes, fingir também estar vivo, e matando a morte com vida.
De repente, não tenho mais medo, morte. Tenho Uma certa curiosidade estranha.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

A benção ao palhaço

Eu te amei nu, despido em carne viva, descarnado te pus aos braços embolado em verdades,

Mas teve medo de se ver refletido em meus olhos enternecidos, e quis vestirce , em cera fria placidas mascaras o cobria.

Tu eras louco que ria? E fingia-se que aos meus braços dormia em cabricho e sadismo, puro ironismo.

A sintese de teu amor modorrento ou de uma piada vil, me fez crescer ao relento, tornou-me mais sutil, e relendo atento teus passos, tenho pena de teus traços. Mas não pense que durmo sem teus braços, e não ria, pois quem brincou que amou que é palhaço.

13/09/2011

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Quanto mal entendido para tanto fetichismo,

Assimilações, ante olhos cruz, corpos nus, e teu vazio embalado alvo em cera fria,
E ao teu Deus, o que lhe seduz? Preciso saber do sabor deste vinho, não tomarei este teu caminho.
Imagina... as casas, os cubos, a terra e as raízes, a carne o pranto, a alma e a desilusão.
Meu mel sensorial, teu véu que cria o animal, teu mal, teu sal, teu Santo Graal.
Fenômeno anônimo, vida que instiga dor, utopias dos que pereciam em obras intimas, vazias.
Concordamos, andamos, e a cara que ria , dói fria.
A navalha a piada traça o berço ao chão, a sete palmos de questão.
O tropeço do canto da boca ao infinito do peito eleito a maior dor do feito desamor,
O calor, não se engane, não vem do suor, da comida do sol, da febre, do ouro, do ópio de Deus, vem do amor meu caro senhor primaz, orgulhosamente enquadrado, dignamente apresentável, senhor socialmente virtuoso, fatidicamente maquinal. Monstruoso tu és diante de amor real... Diga ao teu bem e teu mal, se é amor tem de ser incondicional.

sábado, 3 de setembro de 2011

Vim de longe com os sonhos na bagagem, mas aqui o meu longe é perto,
de bolsos furados, e a cara a se esculachar, mas o frio é pouco e o medo é piada,
rasguei deveres, abracei acaso, feliz para meu amor, mas me veio apenas dor,
criança tropecei no medo, mas como amor tirano ele me disse pouco amor, pouco, para mim,
E para mim? quais gestos assim, tão louváveis tu fez a mim?
Para que eu me ponha a delirar pelas ruas teu amor tirano assim!