quarta-feira, 8 de dezembro de 2010


Com passos de noiva velada, aproxima-se ela sem alarde sem nada, puxa-nos o fôlego com seu beijo quente, sudores febris envolve-nos, logo, o frio nos racha a alma, é ela a morte que nos observa sedenta por beijar-nos, é ela suntuosa, sempre vencedora das batalhas, possuidora dos vivos, assusta-nos com seus mistérios e suas peculiaridades. Seja piedosa com minha pobre carne, pois as dores da vida já muito a possuiu, seja piedosa com meus nervos já histéricos e esquizofrênicos, abrace-me cautelosa e magnânima, para que eu possa sentir a paz de partir, e não o desespero sobre a escuridão.

Texto e fotografia; Marcelo f. Junior


quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

La forme la plus belle de l'amour, la seule façon je peux imaginer m'aimes, ménage à trois

segunda-feira, 29 de novembro de 2010


Para nunca mais voltar, até o dia da morte sendo o dia que o nunca, acaba,

Não guardarei rancor pois em mim existe ainda muito amor, pode-se questionar-se; se avia tanto amor, por que não esteve mais presente? Não sou onipotente, e não me submeteria a suas vidas medíocres, em todo caso também nunca estive presente em lugar algum a não ser ao paralelo, estive a tempos construído, procurando e vivendo meu mundo de sonhos, nem tanto vivendo... Sempre me falaram do certo, minhas praticas sempre foram fielmente do é o certo, no entanto o que é certo para mim , pode não ser o certo para você.

Andei a procura de palavras, que possam exprimir tudo o que se passa fora e dentro de mim, seria no mínimo vulgar colocar as mesma que possa dizer-se a verdade e a mentira, palavra que compartilha ambos os males, mas creio também que vocês me deixaram um pouco vazio, sempre acusando-me de que eu renegava o meu eu , o que é ridículo de se dizer, afinal em cada gesto meu eu permito-me exalar o que de mim é mais puro e verdadeiro, tendo muitas das vezes até ocultar minhas extravagância afinal o pouco que demonstro já causa grandes terremotos, nunca neguei-me, o que tornaria mais fácil minha existência pois sou tudo o que essa sociedade barata banal hipócrita mais enoja, inclusive vocês.

Gosto de pessoas de todos os sexos e todos tipos, como vocês devem já ter imaginado, vejo isso como uma forma de amor sem dogmas, nenhum deus em sã conciencia condenaria o amor, e minha erva que queimo neste momento me faz calmo, sinto a sensibilidade que um anjo ou ninfas devem sentir, e assim consigo agüentar a ditadura e a repressão que me cerca de todos os lados.

O que pretendo de minha vida? Fugir dos que me condenam e recriá-los, fugir da preção da sociedade e recriá-la, logo me vejo numa pequena fazenda com uma casinha de madeira coberta por hera-japonesa, um poço para que eu possa beber de minha água pura límpida, pequenas plantações de tudo o que eu for consumir, frutos, verduras e minha erva, quero minha vaquinha para produzir o meu queijo, também incluirei um teto solar para desprender-me totalmente dos “serviços” do governo, cavarei um fosso para não mais sujar água alguma com meus excrementos, e assim vivendo apenas do que produzo , terei meu refugio longe de todos.Meu sonho de cinema também não focará para traz, aceitarei qualquer cargo, mas quero estar presente neste universo do cinema, e todo o dinheiro que eu ganhar irei investir em viagens pelo mundo, fotografando todas as culturas e as mais belas paisagens.

Se pretendo ter filhos? Sim, adotivos afinal já tem gente sobrando demais neste mundo.

Se chegarei onde quero não sei , logo posso morrer com uma bala perdida ou não tão perdida assim, ou me acabar no meio do caminho apagando meu brilho tornando-me cinza, ou quem sabe eu mesmo não darei fim a minha existência. Sou grato a todos como também os culpo por tudo, mas agora já é tarde e tenho uma longa estrada pela frente, se sentirem falta de mim, assistam Phoebe in wonderland, o CD do filme vai estar sobreposto à esta mesma maquina de escrever que se encontra esta carta, “adeus”.

Marcelo F Junior


quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Criança-corvo


Seduz-me a forma de uma vida sem formas, livremente coração, fogo, ar, e tudo que se faz mutável, inconstante, idéias paradoxalmente não lógicas, uma nova estrutura pode ser desenhada por minha leveza, sabendo disso torno-me um tanto pesado... Cotidiano muito bem vertebrado, de uma coluna extensamente reta que acabará por primeiro rabo depois cova de algo falsamente versátil de uma sociedade falsamente feliz, levam-me junto... Obviamente, sinto falta de compreensão mútua, mas como tal apedrejado por peculiaridades a parte mesmo sendo um siri, escondendo-me dentro de um casco ao fundo de um oceano escuro, fora disso sou um invertebrado, devorar-me-iam sem pestanejar, mal sabendo de que sou feito e por pouco não sou prato principal. Palhaço do povo, no entanto, a corte sabe que não sou palhaço. Traçando a estrutura vulgar de meu mundo, penso que talvez falte contato com os seres da terra para que eu possa me expressar, tenho sofrido de tédio, tira-me o olhar atento das coisas, por esse deus metafísico dos bandos das pedras que respira por nós, sem saber quem somos.
Eu quero o toque, e não atreva-se tocar-me sem a incandescente energia, alma, amor, quero que extraia o melhor de mim, para que nasça um fruto ainda mais esplendoroso por num ciclo de compreensão criaremos a alquimia perfeita de uma intelectualidade sobre á dos seres de pedra, intelectualidade estruturada sobre amor.
Como uma criança corvo, sobrevôo o mundo como algo em sua forma negra, alimento-me do que me dizem carniça, porém vejo como pequenas formas delicadas e novos sabores a ser degustados, criança-corvo é uma figura visada como morbigena, mal agouro, melancolia presente sendo consciente ao todo e separada junto ao seu lixo, sobrevôo e respiro de todos os ares.
Texto e Fotografia: Marcelo felipeti J

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Nanquim & Aquarela



Ilustrações Marcelo Felipeti J

Um texto que diz Gnomos outro Solidão

De repente um clarão, um vermelho entre os galhos
num crepúsculo frio de verão. É o ultimo adeus do sol entre as nuvens, dando lugar logo a escuridão,
Não demora, os vaga-lumes surgem, Pã comemora, chamando então fadas, ninfas, duendes, centauros e caiporas,
Logo o vento corrobora , ao sopro da flauta de Pã, ecoa pela mata afora,
O chá está servido, mel, frutas, castanhas e avelãs.
Repentinamente entre as folhas secas ao chão, abrem-se portas musguentas de supetão, outros seres da escuridão chegando para reunião, bruxos elfos e gnomos, cantando em coro o canto das sereias em prantos,
Alguns dançando em torno do caldeirão, uma espécie de sarabande, corujas cantando de montão, num mundo paralelo onde não a vilão.



O frio que me cobre sendo manto que me protege, entorpece-me, enlouquece-me, estou por toda parte olhando ao longe, e só o que vejo é que estou longe.
Colhi todas as flores que estavam ao meu redor, agora estão todas mortas e você nem sequer as viu. Em todos os belos lugares ao qual já estive, guardei o teu lugar ao meu lado, e você jamais soube que lá aviam as estrelas mais raras e o verde mais verde, era tudo seu.
Imaginei diversas vezes qual seria teu perfume, e como me olharia quando eu não estivesse vendo. Apenas o cheiro que sinto é de meus cigarros que me acompanham e me preenchem quando já não existe mais nada dentro de mim.
Está musica seria perfeita ao seu lado, e se você disse-se que me ama com seus olhos e simplesmente me abraça-se, eu saberia que é você, e saberia que enfim, está neblina esvaneceria este nevoeiro que me cerca daria lugar para o brilho de seus olhos. Aquela canção francesa faria sentido, aquele filme não mais seria repetido.
Mas só o que vejo é mentira, ilusão e neblina, toda essa fumaça...


texto e fotografia Marcelo felipeti j

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Velhos amigos




Como num filme, quando a câmera se afasta vagarosamente em um clima dramático, deixando para trás um de seus personagens, que olhando fixamente para câmera inexpressivo esvanece-a entre a neblina das saudades. Você sente que não mais tornará a ver-lo novamente, sente que por mais que lute se rebata, e grite o filme já está feito, e nele, este personagem já esta destinado a ser um coadjuvante. Tal qual, nem ele mesmo parece perceber, ou simplesmente não se importa.
Sinto saudades, palavra a qual inflama o coração ao pronunciá-la, saudade... Saudade palavra doce cheia de amor, palavra cujo português enriquece-se ao possuir-la, palavra que me enche a alma.
Desluzir-se-á todos aqueles que um dia me cativaram, porem... levianos ao nosso elo pois já construído firmemente em meu coração, sua luz permanecerá no nevoeiro de um passado, no entanto, não deixarei de observá-los, tristemente em espreita, para quando a qualquer momento que surgir nesta nova pessoa a qual não mais conheço, aquela que no passa me cativou, tomar-vos-ei em meus braços como voltastes dos mortos e os amarei como se nunca tivessem me abandonado.


Texto e Fotografia Marcelo Felipeti J

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Sonhos abstratos com letrinhas ao prato.



...apoiava-se a parede ao lado de uma imensa tela a óleo, de um negro leão que rugia a uma mística lua, entre dunas em um deserto desenhado por sombra de uma lua cheia.Observava distraído a seqüência de suntuosos lustres que pendiam de cúpulas do extenso e largo corredor onde pilastras se estendiam ao alto. Teu olhar vagueava, entre uma pessoa e outra , com seus trages deslumbrantes e misteriosos, com suas aparências exóticas.As chamas das velas refletiam os cristais dos imensos lustres que por todo o corredor e todo o salão, cintilavam como fadas num palácio fantástico, o som de violinos Cellos e bandolins preenchiam todo o espaço, junto ao som das águas que escorriam serenas da fonte iluminada, na imensidão do salão ao extremo do corredor em todo seu esplendor, quando seu olhar se fixara então, em uma figura que se mesclavam doçura, e sensualidade felina, uma androginia angelical e demoníaca, cobra que serpenteia nas escadarias do salão, vindo então em sua direção, vulto que vaga e trás consigo os ventos do sul e o perfume do orvalho. Naquela noite conheceram-se, e na mesma, deleitaram-se e amaram-se, aproveitando as delícias da carne. O ser hermafrodita nada proferia ao seu respeito, uma inefável ligação entre ambos nada mais pedia naquele momento. Após o gozo, entre uma caricia e outra...

texto e fotografia: marcelo felipeti j

Palavras sopradas e desatadas


Quão digno és teu nome! Sabeis que ele sacrificou teu filho!...E deixaria teu filho ser apedrejado até a morte? ...Errôneos costumes que carregamos estupidamente até os tempos de hoje!... Você sabe, onde felicidade? ...Vou preparar um bolo de fubá, deixarei pronto para você no forno quando chegar... Estou preocupada com tua mãe, tem noticias dela? .... Estou aflita... Meu semblante está mais magro, falecem-se excreções, vazio, sem graça... Até quando?! Será que posso? Será que irei, verei, serei, poderei?...Sinto tantas saudades em um tão pouco espaço de tempo... Ilusões, ilusões,ilusões... Quando ela vem?... Desgraçado! Ele é um pederasta vagabundo, só vocês não querem ver!... Ele te ama, se preocupa com você.... O que faço?... Filosofia? Política, história? Acho que quero algo que me tire da realidade mesmo.... chá ou leite? Mel ou queijo? ... Sinto falta, mas não adianta, não volta mais, não seria a mesma coisa... Em que está pesando?. Não sei bem ao certo, creio que estou apenas sentindo, e você? ... Devaneios, anseios, desejos , sonhos, medos... Me de um cigarro, vou buscar um café... Não é bem assim as coisas, sabe que não vai adiantar... Não chore... Não vá... Não pode... Não deve... Não sei... Não quero... Não sou... quero voar... Você me ama? ... Aquele filme ficou na minha cabeça, você já o assistiu? ... Queria tocar celo, será que ainda tenho tempo? ... O que vai ser quando crescer?... Se essa rua se essa rua fosse minha, eu mandava eu mandava ela brilhar, com pedrinhas com pedrinhas de brilhante, para o meu, para o meu amor passar.
Texto e fotografia: Marcelo Felipeti

domingo, 1 de agosto de 2010




Fotografia: Marcelo Felipeti j

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Manhã Fria

Em meu ninho de loucos, poderia eu um dia, despertar bem cedinho, e lhes preparar um cafezinho forte com pitadinhas de chumbinho, sentar-lhe-ia a mesa junto à todos, com um ultimo “bom dia” beberia de meu café,saberia; (como um dizer de “boa morte”), morreria em fim sem sorte, todos juntos, sem fantasias,e sem alegrias.
E em tão, nos jornais surgiria, “jaz uma triste família em uma manhã fria”.
Texto: Marcelo Felipeti J

domingo, 18 de julho de 2010


Talvez eu queira abrir os olhos, e nada mais ver, sabendo que tudo foi apenas uma louca alucinação. Talvez eu queira abrir os olhos... e saber que tudo foi de fato verdade, e sentir que poderia viver tudo novamente sem gritar ao céus mil vezes maldito. Amanhece-me a alma quando o silencio em sua mais doce poesia acaricia-me os olvidos, preciso inundar-me de uma paz que tanto foge-me ao espírito, falta-me fôlego, falta-me pedaços cujo o mundo já á de ter engolido a muito tempo, salta-me ao olhos passagens subterfúgio, surrealistas, que acolhem ilusoriamente todo esse meu ser “ébrio” e “louco”.

Texto: Marcelo Felipeti J Fotografia: Pierre Et Gilles

segunda-feira, 12 de julho de 2010



Oh pueris gestos; discordâncias,
Oh grinaldas lembranças efêmeras,
Nada mais que, secas rosas sem perfume,
Um punhal sem gume, fere contundente.

Eflúvios gélidos adornos,
Açoites lembranças, de teus gestos de abnegação,
Jazidos agora embora ainda ébrios,
Durma torpes nodoas, sem afago nem rosas.
Texto e Fotografia: Marcelo Felipeti J

sábado, 10 de julho de 2010

Eis que me encontro sedento de teu calor, em gestos clandestinos tenho culpa, por apenas querer teu bem e teu amor?. A incessante busca de teu olhar tem me levado ao ridículo, mas eu seria de fato ridículo se não tentasse ao menos...Confesso que já tive controle sobre tudo o que sinto, mas me permiti sentir-me febril toda vez em que penso em você, agora talvez não mais possa ver o nascer da lua de outra forma. Penso em uma explicação racional para tudo isso, mas não posso me explicar. E se eu permanecer no frio ao lado de fora, queria pelo menos saber o que se passa em sua mente impenetrável. Uma indizível estupidez nos faz distante, neste instante podíamos numa imperiosa ligação uma fusão, estar vivendo em exagerada intensidade extraindo o máximo do que a vida nos deve.
Texto: Marcelo Felipeti J

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Um grunhido gutural ecoa pungente de corações à muito já esquecidos, em sangue quente e fervente numa terra horrorizada que, acolhe em teu submundo passado e sonhos nunca escavados.Vazios corações em vida transcendem a morte em intricas cicatrizes em nosso mundo de carnes ainda frescas... Passado... futuro... e presente, se cruzam de maneira insalubre se não primado da forma que lhe é digna por tal grandiosidade. Em sangue, nossos desejos e ganâncias escorrem as mãos , frustrações nos constroem numa arquitetura frágil, sórdidos semblantes cospem já sufocados com o veneno, o arsênico humano , o veneno devassado, ignóbil e torpe que nos fere a visão a alma e o coração. Nada se pode ser esquecido, jasmins não se plantam sobre ardentes rosas vermelhas, como aquelas crianças não se podem mais ser feitas crianças.
Texto: Marcelo Felipeti J

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Escrevo... apago.... escrevo.... e apago. Onde quero, não sei. Não sei por que escrevo, não sei nem o por que de minha existência aparentemente tão vã, nem sei se existo. Não sei que cor toma meus impulsos nesta tela, nem sei quem sou nesta paisagem. Queria saber em que paisagem estou, ao menos... Vejo todos cansados, sabe... não queria vê-los cansados, também estou, nem sei se ainda consigo sonhar, me orgulhava por apenas poder sonhar, e nem sei se posso mais. Se eu pudesse num sopro cálido cuspir tudo isso para fora, você enxergaria e sentiria o que em mim, sentimentos na mais pura essência, talvez não os vê-se tão cansados, talvez eu não estaria assim tão fatigado. Acho tudo isso tão belo, seus olhos tristes que me falam mentiras, está distancia já não sei se consigo suportar, está situação imunda meus pensamentos em desastres que me fogem as mãos, palavras me fogem a mente, me sinto tão repetitivo. Quando algo em vocês estiver prestes a brotar, estarei eu já falecido em frente a uma maquina velha de escrever, com textos toscos numa tentativa de sabe-se lá o que. Um adeus tereis escrito talvez. Estes cigarros já não completam a falta que você me faz, meus sorrisos não enganam mais ninguém, como você pode andar sem olhar para os lados? Como pode andar sem olhar para traz?. Fecho os olhos e está tudo sempre rodando, confesso que não agüento mais essas gargalhadas infantis, estarei queimando por dentro um acido que não me escorre aos olhos, Grite!!grite!”e quando eu gritar pela ultima vez, me farei em chamas, e renascerei como uma fênix para queimar mais uma vez.
Texto: Marcelo Felipeti j

domingo, 4 de julho de 2010

Meu ar este que perfura meus pulmões, quando em quando entre um orgasmo individual, e outro, sinto um amargo sabor escorrendo em minhas veias.
Todos ali um aos outros se consomem de maneira gasta, não queremos nos entender, queremos ser entendidos, assim todos permeassem ali encolidos, consumidos.
Meu amor sinta-me, me prove mesmo sendo amargo meu sabor, quero teu amor, sem nenhum pudor.
E quando acende um cigarro pela manhã já estará bem distante, eu sei.
Passei a tarde inteira perdendo tempo em besteiras, uma bebedeira as 3:30.
Hoje vi pela janela por trás das cortinas finas um semblante, assim como o meu, e pelas ruas percebi, um olhar...Assim como o meu....
Percebi também o seu, e sendo assim me percebemos felinos, sozinhos, buscando carinhos em mãos e mãos, que sem compromisso nos afagam. E logo com um gesto brusco, pulamos tristonhos, aturdidos em busca de um novo ninho. Já me julguei bastante forte e capas, meu querido rapaz, mas nunca tive paz... E nem sei se agüento mais...



Texto: Marcelo Felipeti J

quinta-feira, 1 de julho de 2010



Tudo o que á ser, ser vivo movimento e sentimento és parte de uma sinfônica tragédia, e na sua beleza mórbida e vaidade em que a dor nos veste, tereis olhos marejados por olhos marejados de angustia e solidão. Todos separados por grossas paredes vazias , inexplicáveis que, nos torpe e nos faz oco. Escutamos vozes num ermo de ilusões , gargalhadas sofridas. Estamos todos mascarados nesta sublime valsa, dançamos conforme a arte de ser parte de uma grande ópera trágica, um deus talvez nos assiste alguns consistem porém uma grande imensidão vazia como nossas vidas, sopra uma gargalhada oca num bafo doce de desilusões. Tardará a perceber que, este ser; nasceu para morrer e viver para sofrer numa busca por alguém ser, sem nunca ser ninguém, e nem ter.

Texto: Marcelo Felipeti J

terça-feira, 29 de junho de 2010

craquelados

Em tom de desgraça o sapato e a fumaça o palpite e a cachaça te veste em trapaça e vem sem graça onde passa sem raça, para numa praça, teu buraco a vida palhaça te escorraça, só se é caça. “meu bom amigo” diz alguém que outrora era de sangue, e em sangue agora vê o urubu que carniça sua cachaça e tua fumaça, mendiga sua traça por mais desgraça.
Se vê o velho amigo de raça sem ser caça bem que passa,
Se vê a ricaça pela vidraça magra que passa como a palhaça louca desgraça nova magra sem face sem nome sem nada.
Se vê o político que fala sereno, boêmio, na tv do botequim do seu Joaquim, corvo de terno preto arregaça a maga para sua presa , estraçalhar sem se enganar.
Se vê Maria na pia, esfola as mão em ácidas lagrimas de saudade,
Se vê a puta que a carne oferece culpada por maltratada se vê empinada para que o cuspe da noite não atinja a alma já ferida,
E o inferno coletivo passa carregado de palhaços cansados que lutam por seguir seu caminho traçado por corvos,
De lata não se faz mas o futebol, mas para agressivas feridas se faz subterfúgio de uma criança rica em ódio e calos.
De pão se faz veneno, o leite azedo da mãe de filho órfão, servem-se homens solitários, e o mel nos atrai como formigas à uma armadilha de tem quem diga que é a vida.

Subterrâneos terrestres, lamacentos craquelados de viva terra ou morta fumaça cheia de desgraça, olhos negros decaídos e famintos, teus pés descalços vaga sombrio pela terra ardente ou asfalto quente, teu corpo suga calor de um chão frio e seu amor foi-se num papel na beira do rio, senil olhos mortos num passado não menos doloroso mas saudoso por achar vida poesia, e lixo fantasia. Mamãe já não se ouvia, num céu nublado talvez sorria, mas teu sangue ainda escorria numa parede de fantasia, luzes perfurando a escuridão, “ainda me lembro logo ali ela ao chão.”
Sangue de família humilde que ao chão seca, não vinga, nem erva daninha, semente que nem andorinha ah de comer, semblante sórdido de um Brasil que, devora a carne já alto consumida pela fome nada gentil.

Texto e Fotografia: Marcelo Felipeti J

domingo, 27 de junho de 2010

Cólera


Sentei-me ao lado, deste, daquele, talvez um que optou pelo o que não optei, pensou o que estou pensando, mas agora quem são eles? Para onde passos e cruzados, mortos talvez, mas indiferentes sentados ao nosso lado.
Uma angustia incessante atordoa a mente e logo tudo se vê escarlate, vozes, um suspiro, um nó, um olhar um espelho e raios e fumaça, no fim um zumbido que acompanha essa dor que, também lhe atinge através dum punhal, adeus.
Cuspindo um veneno que soa nas entranhas, não o vejo, nada mais vejo, apenas quero ódio sei ser mostro, adeus.
Por que olhaste tal semblante com desprezo, fodeu-me em nu artístico uma suplica de teu semblante estraçalhado refletido em meus olhos túmidos de angustia.
Grita tão alto quanto o pulso que, jorra teu sangue escorrendo pelas curvas de teu corpo, está bem você foi ainda mais cruel.
Para onde teto, chão, cão selvagem és mal alimentado de espírito meu amor pede dor de amar dor e ser dor por dor.
Não suplico, nem indico mais um olhar, tenho tuas penas em meus lábios e as minhas asas queimam agora sem poder voar.
Colérico colore-me um céu vermelho, logo se torna cinza e me diga, para onde?
Sofra essa vida de sofrer por sofrer, dor por doer e ser por ser, nascer para morrer.
Texto e Fotografia: Marcelo Felipeti J

quarta-feira, 23 de junho de 2010


Famélico

Inefável estupor, adormece-me a mente,
E um véu me cobre o que se sente,
Sotoposto num érebo,
Tal ensejo doravante terei olhos por mais asas,
Famélico, quero devorar vida por vida criar, e ser vida,
Por ossos que contundiam e desprotegem meu céu,
Já tão nublado coração,
Cores em nevoas me colorem uma paisagem de um sonho,
Folhas de outono umedecem ao cair,
Teu suor, teu mel, meu sonho, um sonho?
Ou nódoas...De tudo que sangra por aqui,
Lutaram, equivocaram-se neste equivoco, por desluzir todo este azul,
Me encontro desencontrando-me , num mundo de desencontros,
Passo a passo devoro vidas, quero amor,
Passo a passo devoro assas, quero voar.


Ilustração & Texto : Marcelo Felipeti J

sábado, 19 de junho de 2010

Valete&Maraclea O Crânio de Sidon


Dama Maraclea, amada por um templário, um senhor de Sidon;
Tiveram sua historia interrompida pela morte súbita da ainda jovem Maraclea,
Na noite de seu enterro, seu amado arrastou-se até seu leito de morte, desenterrou-a, e debruçado sobre o peito frio e sem vida, a beijava, e em fim fez amor com tua ainda então virgem amada. Após seu ato de amor e dor mergulhados numa atmosfera fúnebre , uma voz, como se o vento doce de morte que sopra entre os túmulos pronuncia-se. “Voltar-te-á aqui junto de sua amada, pós nove meses, pois tua amada lhe dará um fruto desse vosso amor”. Ele obedeceu e, na exata data retornou, abriu novamente a tumba e, o crânio de Maraclea se encontrava entre os ossos da perna formando uma cruz. A mesma voz como um sopro, pronunciou; "Guardes bem isto, pois em doador de todas as coisas boas. " Então, ele a carregou consigo. Ela tornou-se seu gênio protetor, ele podia vencer seus inimigos estando consigo o crânio.
No devido tempo, ela tornou-se possessão da Ordem dos templários.
Esse senhor é representado pela carta valete de espadas.Um tempo a traz quando essa história ainda fresca em minha cabeça me dava assas para divagar sobre tal assunto, achei uma carta de baralho entre um livro, achei essa única carta do baralho todo, era um valete de espadas, e consigo está Maraclea...É uma carta já bastante velha, meu avô tinha uma loja de antiguidades, e quando a fechou levou consigo algumas coisas.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

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Gonzaguinha
Pequena Memória Para Um Tempo Sem Memória

Memória de um tempo onde lutarPor seu direito
É um defeito que mata
São tantas lutas inglórias
São histórias que a história
Qualquer dia contará
De obscuros personagens
As passagens,as coragensSão sementes espalhadas nesse chão
De Juvenais e de Raimundos
Tantos Júlios de Santana
Uma crença num enorme coração
Dos humilhados e ofendidos
Explorados e oprimidos
Que tentaram encontrar a solução
São cruzes sem nomes, sem corpos, sem datas
Memória de um tempo onde lutar por seu direito
É um defeito que mata
E tantos são os homens por debaixo das manchetes
São braços esquecidos que fizeram os heróis
São forças, são suores que levantam as vedetes
Do teatro de revistas, que é o país de todos nós
São vozes que negaram liberdade concedida
Pois ela é bem mais sangue
Ela é bem mais vida
São vidas que alimentam nosso fogo da esperança
O grito da batalha Quem espera, nunca alcança
Ê ê, quando o Sol nascer
É que eu quero ver quem se lembrará
Ê ê, quando amanhecer
É que eu quero ver quem recordará
Ê ê, não quero esquecer Essa legião que se entregou por um novo dia
Ê eu quero é cantar essa mão tão calejada
Que nos deu tanta alegria
E vamos à luta.

Dama Crepuscular

Ofegante, de olhos semi-serrados... Suores de volúpias ou de morte, move-se como um polvo convulso, olhos de medusa queres me penetrar dizendo-me “Mistério se esconde, pois tem olhos tímidos e dentes afiados, mas na verdade, gosta de brincar.”
Um sopro emudece o tempo e o movimento torna-se lento, teu veneno vai me consumindo, o crepúsculo vai abrindo portas que apenas teus olhos me permitem entrar. Teceram o véu, maligno que nos atordoa, um véu que nos cobre e nos cospe a cara dizendo-nos mito, mas ainda sinto teu olhar sobre mim, e ouço teus gritos abafados pelas paredes de meu peito, e esse teu veneno
benigno, ainda me consome, ao menos.



















Texto & Ilustração : Marcelo Felipeti J




sábado, 12 de junho de 2010

Meu livro de poesias, 2º & 3º pg

Suas paginas amarelas escondem balelas de um coração de aquarela.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Nem em sonhos sei voar, Seria uma representação da minha falta de esperança talvez... Sem assas... Manco, sem esperanças, fugindo e lutando contra algo que me atormenta e me persegue mesmo em sonhos, traição, ódio, amor por algo que me quer torturado, não sei o que é todo esse sangue espalhado, não sei o que é esse lugar escuro que me encontro desde tempos imemoráveis, não consigo gritar e não tenho ar, e só me livro quando decido te matar, mas não posso negar que queria apenas te amar, eu ferido, casado de ser perseguido, tenho em meus braços teu corpo derramado em sangue , um sangue frio mas que mesmo assim aquece meu peito, terei sempre que te matar? Vocês sempre estarão fugindo ou me perseguindo e bestas mugindo e grunhindo aplaudem da escuridão toda essa minha aflição.
Texto: Marcelo Felipeti J
Ilustração:takato yamamoto

quarta-feira, 2 de junho de 2010





Toca de coruja


Esse sopro fraco de imagens foscas e cores opacas
Esses sorrisos fotográficos e olhos estáticos
Esse cheiro, um perfume, um sabor,
Que vem e que passa e logo desperta;
Uma traça? Que coroe,
Uma realidade já incerta,
Vivi e vi viver ou sonhei com este amanhecer?
Já não me lembro,
Se foi setembro ou outubro,
Me desiludo, não volta mais.
Mas se fui capas de passar horas e horas
Naquela aurora já varrida,
Entre espaços sem associar tempo ou laços,
E nem enxergar feridas,
Apenas ouvindo o canto dos pássaros,
E imaginando o que pode existir além do espaço,
E se no escuro de uma toca de coruja,
Existe um castelo onde todo reino é belo,
Então assim sendo, morrerei sonhando com este castelo.

Marcelo Felipeti J

quinta-feira, 27 de maio de 2010


Pintura desgasta.

Não sei o que fazer quando um olhar triste
Não se apóia em meus olhos desesperados,
Não sei o que fazer quando te vejo assim tão perdido,
E não se encontra em meus braços,

Preciso desta fusão imperiosa , esta ligação despretensiosa,
Sei ver a beleza de teus gestos e vivacidade de teu mundo,
Mas não pode enxergar que te observo?
E que lhe ofereço a mão para que venha me conhecer?

É muito difícil ver toda essa pintura, desgastada,
É muito complicado, sentir vontade de pintar um sorriso novamente,

Quando observo as sombras, de um crepúsculo,
Ou quando o vento decide mostrar suas formas em grãos de areia,
Ou nas folhas secas sopradas sem rumo,
Sinto uma vontade inexplicável de ser paisagem,
Algo inconsciente que apenas sente, um estupor perpétuo singelo,

É muito difícil ver toda essa pintura, desgastada,
É muito complicado, sentir vontade de pintar um sorriso novamente.

Fotografia e Texto: Marcelo felipeti J

Teste psicologico das cores

Marcelo Felipeti Junior - teste psicologico das cores
quinta-feira, 27 de maio de 2010

Como você opera, age, frente aos seus objetivos e desejos:
Ocupa-se fácil e rapidamente com qualquer coisa estimulante. Preocupado com coisas de natureza intensamente emocionantes, sejam elas estimuladas por erotismo ou por outro meio. Quer ser considerado como sua personalidade emocionante e interessante, com influência totalmente encantadora e impressionante. Usa táticas inteligentemente para não prejudicar suas possibilidades de sucesso ou solapar a confiança adquirida.
que compensar o que sente ter perdido, vivendo com exagerada intensidade; acha que assim pode libertar-se de todas as coisas que o oprimem.

Tem necessidade imperiosa de alguma ligação ou fusão com outra pessoa, ligação ou fusão que se mostre sensualmente satisfatória, mas que não entre em conflito com suas convicções ou senso de dignidade.
É sensível; necessita de ambientes estéticos ou de cônjuge igualmente sensível e compreensivo, com quem possa compartilhar de uma intimidade aconchegante
Tem, de modo geral, temperamento sensual. Inclinado a regalar-se com coisas que dão satisfação aos sentidos, mas rejeita tudo que é deselegante, vulgar ou grosseiro.

Suas preferências reais:
trabalha bem em cooperação com outros. Precisa de uma vida pessoal de compreensão mútua , e de estar livre de discórdia.

A doença física e a tensão excessiva ou o sofrimento emocional foram onerosos. Seu amor-próprio foi diminuído e agora necessita de condições tranqüilas e tratamento atencioso, que permitam a recuperação. O grupo + é uma tentativa para amenizar estes e outros conflitos.

Sua situação real:
Está disposto a envolver-se emocionalmente e é capaz de conseguir satisfação na atividade sexual.
Insiste em que suas metas são realistas e apega-se obstinadamente a elas, muito embora as circunstâncias o estejam obrigando a transigir. É muito meticuloso nos padrões que aplica a escolha do cônjuge.

Julga que não está recebendo o que merece - que não é devidamente compreendido nem adequadamente apreciado. Sente que está sendo obrigado a conformar-se , e as relações mais íntimas deixam-no sem qualquer sensação de envolvimento emocional.

O que você quer evitar:
Interpretação fisiológica: As tensões resultantes de desapontamento têm levado a agitação. Interpretação psicológica: As expectativas irrealizadas têm levado a incerteza e a uma vigilância apreensiva. Tem grande necessidade de sentir-se seguro e protegido contra outros desapontamentos, contra ser preterido ou perder prestígio e posição. Duvida de que as coisas melhorem no futuro; não o bastante, está inclinado a fazer exigências exageradas e a rejeitar acordos. Em suma: Insegurança opressiva.

Interpretação fisiológica: Tensão e ansiedade devidas a conflito entre esperança e necessidade, seguido de desapontamento intenso. Interpretação psicológica: O desapontamento e as esperanças irrealizadas têm dado origem a uma incerteza angustiante, enquanto duvida de que as coisas melhorarão no futuro, o que o leva ao adiamento de decisões essenciais. Este conflito entre esperança e necessidade está criando considerável pressão. Em lugar de resolvê-lo, enfrentando corajosamente a tomada da decisão essencial, é capaz de empenhar-se na busca de trivialidades como meio de fuga. Em suma: Vacilação causando frustração.
O controle dos instintos sensuais restringe sua capacidade de entregar, mas o isolamento resultante leva ao impulso para integrar-se e permitir a ligação com outra pessoa. Isso o perturba, já que tais instintos são considerados fraquezas para ser superadas; reconhece que somente pelo continuo autocontrole é que pode esperar manter sua atitude de superioridade individual. Quer ser amado ou admirado, apenas pelo que é; precisa de atenção, de aprovação e da estima geral. Em suma: Exige que o reconheçam como individuo excepcional.


Seu problema real:
O desapontamento e o medo de que não vale a pena formular novas metas têm levado à ansiedade. Está angustiado com a falta de qualquer relação íntima e compreensiva. Tenta fugir para um outro mundo onde esses desapontamentos desaparecem e as coisas estão mais a seu gosto. Reage com uma atividade intensa e zelosa, destinada a alcançar suas metas a qualquer preço.




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sexta-feira, 21 de maio de 2010

Um samba torpe de um macilento desalento


Logo... logo... O amanhecer,
Despedaços são meus olhos embaraço és meus passos,
Logo logo adormecer,
O meu coração de alcatrão e solidão,

Eu aqui vadiando e o povo despertando,
Eu aqui a vadiar e pessoas trabalhar e estudantes estudar,

Não paro de pensar em que pensar?

Não sei me amar mas quero amor,
Um estupor fez minha dor de te querer e nem saber a quem querer,
E se eu morrer sem nem saber?

A vergonha de ser eu bateu em minha porta mais uma vez,
Apenas o que eu tinha á lhe servir era;

A cachaça e a fumaça,
Junto a desgraça que cheia de graça, toda palhaça, via graça em viver.

Logo, logo o amanhecer, sem caminho e nem prazer,
Volúpias que me dominavam, a luz do sol vão esmorecendo-se,

E sem afago volto ao meu quarto,
Nem boa noite e nem teu ar, deixa-me então afundar,
Em sonhos pois em sonhos sei voar.

30/01/2010





Texto:Marcelo Felipeti J

Ilustração: Takato Yamamoto

sexta-feira, 2 de abril de 2010


Seus sorrisos são perturbados e se diz que ama, não sabe o que diz,
Um longo tempo se passa, correndo sem mover-se do lugar,
E logo todos se perguntaram novamente, o que faz agora? Quem é você?
Quero imaginar que tudo foi de fato significativo, mas não entendo essa indiferença,
O que acontece, é que estamos todos perdidos, procurando se achar em qualquer lugar ou qualquer bar procurando um par um lar e o que mais se poder achar,
Podíamos ter a nós, nos bastaríamos sei disso, mas existe uma neblina a qual todos querem se perder, e muitos se perdem,
Sinto saudades antes mesmo de tudo ter acabado, e quando vocês vierem me dizer que sente falta de tudo, eu já terei esquecido tudo,
Suas faces me despertam um sentimento triste, um sentimento de que gosto de algo que perderei, e que sei que poderia ter se mantido por mais tempo em nossas vidas e que tudo poderia ter sido mais puro e natural,
O que faz agora? Senti sua falta, poderia ter sido diferente...
Texto:marcelo Felipeti J

sábado, 27 de março de 2010

CURTA-METRAGEM



CINEASTA: PETER McDONALD
GÊNERO: FICÇÃO/Drama/HORROR
ORIGEM: AUSTRÁLIA
DURAÇÃO: 9 MIN
COR: P&B
Indicado por Aline Demétrio

sexta-feira, 26 de março de 2010


Me diga quem vai te olhar como se visse o mar?
Me diga quem ira cantar uma canção de ninar?
Me diga quem sangrará e se fará pó, quem sacrificará o sol e os pés por você?
Me diga, quem...?
E se me torno tal estrutura me dizem ser o culpado, sou de fato culpado?
Minha mente inquieta, não sabe mais se pensa, arde-me primeiro sentimentos,
Me estrago por você, destroços de verdadeiras possibilidades de felicidade, é o que vejo.
Desisto de vocês, mas não posso desistir de mim,
Poderei me fazer eterno?contradizendo-me em questões e duvidas, concepções do que é eterno, do justo ou natural...
Será que um dia eu sorri de verdade... Sem aquele lado que me rompe um vazio assustador, constantemente, quando durmo,acordo, mesmo quando sinto o vento em minha face um sopro doce,
Não me faço gênio, e também não me dou por satisfeito, não me faço corrupto e nem me deixo explicito uma vagabunda, não me é permitido amar, e meus sonhos... luto desesperadamente por não perde-los, por que, é o que me resta, e banhado de ilusões me faço personagem, de um mundo fantástico onde seus olhos me olham, e meu pés tocam o vento, e as sombras me transportam.
És sem duvida, neste o qual derramarei lagrimas cálidas, neste o qual palavras se confundem, querem tornar-se poesia, polida se quer fazer em doce e não cuspida arte, como um sopro onde transfere-se sutilmente sentimentos, imóvel tenebrosa flor pálida, seu cheiro doce cheira o doce da morte, e me faço amargo, és premeditado posso eu pensar, e penso, dês de feto sou inseto, e se sinto eu minto e se digo não digo e se faço não fiz e se existo não sou... e se por um acaso eu estiver sorrindo, tenha dó, é o sorriso do bobo da corte.

Fotografia e texto: Marcelo Felipeti J

domingo, 14 de março de 2010

A ultima bala de canela



Uma noite de palavras sopradas boca a boca, delírios dores vontades olhares sem pares,
Sentimentos que se afloram irresponsáveis pelo o que será de nós, intricas pessoas sem culpa pela minha dor, mas dói, mas já me avisaram, só é bom se doer , me deixo levar em insanos sentimentos vontades de você que me faz cada vez mais querer ter você.
Impossíveis tentativas de tocar e olhar sem saber se existe mesmo esse fogo que me atrai, perto do fogo eu disse, perto do fogo quero estar. Mas os pássaros levaram você com um olhar aturdido todo confundido não sei se de mim, enfim, me pareceu um fim de um começo, mas não me esqueço.

Marcelo Felipeti J
"Venha me beijar, meu doce vampiro
Na luz do luar
Venha sugar o calor de dentro do meu sangue... vermelho
Tão vivo tão eterno
veneno que mata sua sede,
que me bebe quente como um licor
brindando a morte e fazendo amor,"
Rita lee - Doce vampiro

quinta-feira, 11 de março de 2010

Phoebe in Wonderland

Já sentiu que está correndo bem rápido...sem sair do lugar?


A Menina no País das Maravilhas com Elle Fanning, é de ululante sensibilidade e delicadeza, ansiava tal ensejo por vê-lo, Elle interpreta Phoebe num pungente desenvolver de uma historia que oscila entre realidade e um mundo fantástico, apresenta-nos o quão esmagador o mundo é para com tudo que é diferente, sensível e mágico. Temos uma escola castradora e pessoas contundentes e intolerantes.
Mas como sempre, a saída veio das antes, e a única que sabia lidar com a situação era a professora de Artes Dramáticas Miss Dodger (Patricia Clarkson).
Lewis Carroll com sua obra
Alice in Wonderland envolvesse com Phoebe de maneira inerente, por sua natureza, pelo trabalhado de sua mãe de estudo sobre a obra, e por Miss Dodger com a peça de teatro a qual inflama ainda mais tudo o que está por vir. Não tem como dizer que de certa forma me identifico absurdamente com tudo isso.
Marcelo Felipeti J

quarta-feira, 10 de março de 2010









Uma vontade constante contundia a alma, de reviver o que a minutos se passou...e...vivendo e respirando amando e se agarrando por cada sopro e momento, olhares desapegados me fazem com que me sinta em ermo num sentimento sem sentido.
Tal mundo tal escolha , sempre me arrependendo apenas pelo o que não fiz, e me questionando; o que posso fazer agora? Os meus eu’s dizem explicar-se nos astros,
entre eu oculto e para o mundo. Sonhos, os quais dizem ser apenas uma inocência a qual tenho de matar, mas não sou ninguém de matar, não de matar inocências e sonhos.
Meu Oz está em meus gestos e sempre uma pitada de mágica dou em nossa convivência se permitido, faça parte deste meu delírio, toda mentira bem feita torna-se verdade, como todo sonho sonhado junto torna-se mais que um sonho. Mas ainda só aquele sorriso talvez não seja o bastante, que um toque, e quero te mostrar algo, e quero te ver choram e viver no tédio junto a mim, e sempre que possível construir um pedacinho mágico de um mundo fanático. Se me dizem verdades , não consigo acreditar, e tomo para mim que minha verdade é verdade, se é verdade para mim.
Minha malícia é infantil, e meus sonhos é de ser Deus, e crio costumes e crio seres e uma nova física quântica que me possibilite sonhar com base na ciência. Meu chá sempre bem vermelho faz parte de torradas amanteigadas com mel e uma bela xícara de porcelana trabalhada, e em uma musica que me tira de tudo o que é nada, ajuda-me suspirar em delírios, e se uma caneta de pena e um tinteiro me estiver ao alcance, tudo tornar-se-á uma bela história, a qual podíamos estar vivendo juntos, e se tu faz parte de outro filme, então não deixe que termine. Que seja...nem sei que personagem sou .

Fotografia e texto: Marcelo Felipeti J

sexta-feira, 5 de março de 2010







Traga-me, te suplico silencio, a mais dócil caricia para meu ínfimo coração. Dir-lhe-ei talvez em vão, o quão sôfrego e contundido tenho vivido, em medos e medos eis a verdade, não quero um misero “digno de pena”, meus olhos sentem e o meu calor fala, punido serei pela minha alma que nem creio em santo e Deus apenas por um outro mundo descobrir, trata-se de desejo famélico, por ares os quais eles não sabem respirar, e agora? Querem roubar meu ar! Sotoposto em torpeza por uma sociedade ignóbil, desluzindo-se em berros semi-serrados o que peço são águas mais claras e sobras mais tenebrosas, olhos como os meus, os que sentem, e uma musica perpétua que nos preencha em nossa magia, leves movimentos sob cúpulas divinais num baile vampiresco de nobres artitas, porém, aqui estou, neste érebo sem mistério e repleto de intolerância.

Fotografia e texto: Marcelo Felipeti J