quarta-feira, 14 de setembro de 2011

A benção ao palhaço

Eu te amei nu, despido em carne viva, descarnado te pus aos braços embolado em verdades,

Mas teve medo de se ver refletido em meus olhos enternecidos, e quis vestirce , em cera fria placidas mascaras o cobria.

Tu eras louco que ria? E fingia-se que aos meus braços dormia em cabricho e sadismo, puro ironismo.

A sintese de teu amor modorrento ou de uma piada vil, me fez crescer ao relento, tornou-me mais sutil, e relendo atento teus passos, tenho pena de teus traços. Mas não pense que durmo sem teus braços, e não ria, pois quem brincou que amou que é palhaço.

13/09/2011