domingo, 4 de julho de 2010

Meu ar este que perfura meus pulmões, quando em quando entre um orgasmo individual, e outro, sinto um amargo sabor escorrendo em minhas veias.
Todos ali um aos outros se consomem de maneira gasta, não queremos nos entender, queremos ser entendidos, assim todos permeassem ali encolidos, consumidos.
Meu amor sinta-me, me prove mesmo sendo amargo meu sabor, quero teu amor, sem nenhum pudor.
E quando acende um cigarro pela manhã já estará bem distante, eu sei.
Passei a tarde inteira perdendo tempo em besteiras, uma bebedeira as 3:30.
Hoje vi pela janela por trás das cortinas finas um semblante, assim como o meu, e pelas ruas percebi, um olhar...Assim como o meu....
Percebi também o seu, e sendo assim me percebemos felinos, sozinhos, buscando carinhos em mãos e mãos, que sem compromisso nos afagam. E logo com um gesto brusco, pulamos tristonhos, aturdidos em busca de um novo ninho. Já me julguei bastante forte e capas, meu querido rapaz, mas nunca tive paz... E nem sei se agüento mais...



Texto: Marcelo Felipeti J