Todos ali um aos outros se consomem de maneira gasta, não queremos nos entender, queremos ser entendidos, assim todos permeassem ali encolidos, consumidos.
Meu amor sinta-me, me prove mesmo sendo amargo meu sabor, quero teu amor, sem nenhum pudor.
E quando acende um cigarro pela manhã já estará bem distante, eu sei.
Passei a tarde inteira perdendo tempo em besteiras, uma bebedeira as 3:30.
Hoje vi pela janela por trás das cortinas finas um semblante, assim como o meu, e pelas ruas percebi, um olhar...Assim como o meu....
Percebi também o seu, e sendo assim me percebemos felinos, sozinhos, buscando carinhos em mãos e mãos, que sem compromisso nos afagam. E logo com um gesto brusco, pulamos tristonhos, aturdidos em busca de um novo ninho. Já me julguei bastante forte e capas, meu querido rapaz, mas nunca tive paz... E nem sei se agüento mais...
Texto: Marcelo Felipeti J