sábado, 9 de julho de 2011


Um livro de um capitulo, sem definição adiante,

O nanquim escarlate derramado repentinamente pelo “criador” num frenesi, muda o percurso anterior,

Eis que teu sangue quente e jovial , mancha minhas paginas infantis, Assim morre junto a ti, um outro alguém . alguém que eu viria a ser, não sei quem.

Teus olhos doces, negros, ecoam em mim. Teus lábios fúnebres, teu silencio atormentador, rompem em mim.

Envergonharia tu quem sou hoje, talvez...Mas venho a crer que tu és parte da muralha de meu mundo oculto, tu és personagem inconsciente de meus wonderland´s.

Traga-me flores de onde estás, estou demasiado enjoado dos ares daqui. Meu amigo, estou só por aqui em meio a solitários, e ai, a solidão também lhe atinge?

Se sou quente e aprecio o frio, tu és o frio que aprecia o calor, e este ardor, veneno repentino, pulsa e segue teu fluxo, onde vais? Loucas alucinações, segue em direção ao coração, qual teu efeito? Não ah mais o que fazer, apenas esperar contaminar.

Extremidades se envolvem, observam-se , nada decidem mas seguem de cabelos revoltos a direção que o vento sopra, em silencio, imaginando, o que se passa naquele oceano frio quanto minhas águas quentes trazem flores dos rios que fluem ao verde obstruoso de meus olhos, até tuas águas as flores que trago, chegam despedaçadas em tuas ondas fortes, mas como poderia entender-las se entendes apenas de algas. E seguimos, tão íntimos e intocáveis.

Desejo-te mas não muito, vai ver é só o meu vazio habitual pedindo para ser preenchido,

Olhos latinos, brilho voraz, sussurros estrondosos,

Agrada-me teus beijos mas existe uma malícia que me põem a cismar,

Afasta-me certas palavras tuas, desejava um sabor mais inocente talvez, ou algo que me fizesse diferente, não mais uma aventura,

Foi o casual que se tornou freqüente, o ardente que pediu sentido pós queimar, opostos colidindo-se,

Desagrada-me pensar que talvez seja apenas um ponto fraco e não o meu toque,

Perturba-me pensar que tuas convulsões seja apenas uma perversão natural,

Percebo não poder te agradar demais, apagaria tuas chamas pecaminosas?

Mas o que tenho em mente? Por que incomoda-me tanto tais pensamentos, somos opostos sem sentido, não falamos a mesma língua elas mesmas entendem-se por si

Observo-o, penso, até onde vais? Encontro em mim tendências ao canibalismo, quero devorar-te, telo em mim, mastigar-lo. Não te desejo muito assim? Contradigo-me, passo a passo como num tango.