sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Teus cigarros e tuas feridas

Minha doce princesinha, porque seus olhos sangram?
Minha pequenina, consternada, tão mulher,
Seus lábios manchados, seus olhos negros,
Parece tão forte, sorri tão intensamente, seus passos são tão firmes!
Abraço-lhe, teus olhos tumefactos derramaram em lagrimas profundas,
Suas sórdidas feridas

Pelos becos escuros cambaleia até seus objetivos,
E no clarão dos olhos pisa firme com seu salto alto.
Tão orgulhosa minha garota.
Minha pequena crias-te esse seu veneno para defender-se,
Acalme-se só por agora, suas garras afiadas em vermelho,
As guarde para mais tarde Ana.

Busca-me um café por for favor e conte-me seus problemas;
Acendes-te seu fiel amigo, e fumaste como se fosse o ultimo.
Tanta magoa, a vida ensina-lhe tão jovem,
Mataste Deus, tão cedo,
Mas ainda sonhas, minha pequena, ninguém afogou seus sonhos,
E por isso ainda vive.
Marcelo Felipeti
[também em homenagem a uma querida amiga]

Sempre nos de paramos, meu pequeno,e ficamos nos olhando...nos observando curiosos.Fazemos parte um do outro, nos sentimos tão unidos, mas vivo meu lado e você o seu,lunáticos, felizes lunáticos, Queria poder lhe dar a mão, e ir embora com você. Minha doce ilusão, aonde meu coração se perde, e o buraco de meu peito se acaba, Quando nos levantemos, e nos despedimos com apenas olhares ainda curioso, posso sentir tanto tudo isso, ninguém além de nós é capaz de sentir, as cores que ninguém além de nós pode enxergar... Meu oceano, meu segredo, minha loucura, te quero tanto, Seus lábios são os mais venenosos, seus olhos o melhor transporte para qualquer lugar, e eu sou a dor, a que você observa curioso, sou o desespero e o incapacitado, sou a realidade e você os sonhos, queria um dia ser o inconsciente e você o cociente, queria um dia ser nós em um paralelo, queria a realidade de minhas alucinações... Despedimos-nos, e tão sutilmente vamos desaparecendo entre tudo, entre os sons os ventos as imagens os seres as cores os sentimentos.E o eu, volta à realidade.