segunda-feira, 5 de julho de 2010

Escrevo... apago.... escrevo.... e apago. Onde quero, não sei. Não sei por que escrevo, não sei nem o por que de minha existência aparentemente tão vã, nem sei se existo. Não sei que cor toma meus impulsos nesta tela, nem sei quem sou nesta paisagem. Queria saber em que paisagem estou, ao menos... Vejo todos cansados, sabe... não queria vê-los cansados, também estou, nem sei se ainda consigo sonhar, me orgulhava por apenas poder sonhar, e nem sei se posso mais. Se eu pudesse num sopro cálido cuspir tudo isso para fora, você enxergaria e sentiria o que em mim, sentimentos na mais pura essência, talvez não os vê-se tão cansados, talvez eu não estaria assim tão fatigado. Acho tudo isso tão belo, seus olhos tristes que me falam mentiras, está distancia já não sei se consigo suportar, está situação imunda meus pensamentos em desastres que me fogem as mãos, palavras me fogem a mente, me sinto tão repetitivo. Quando algo em vocês estiver prestes a brotar, estarei eu já falecido em frente a uma maquina velha de escrever, com textos toscos numa tentativa de sabe-se lá o que. Um adeus tereis escrito talvez. Estes cigarros já não completam a falta que você me faz, meus sorrisos não enganam mais ninguém, como você pode andar sem olhar para os lados? Como pode andar sem olhar para traz?. Fecho os olhos e está tudo sempre rodando, confesso que não agüento mais essas gargalhadas infantis, estarei queimando por dentro um acido que não me escorre aos olhos, Grite!!grite!”e quando eu gritar pela ultima vez, me farei em chamas, e renascerei como uma fênix para queimar mais uma vez.
Texto: Marcelo Felipeti j