domingo, 17 de abril de 2011


Um terminal, umas pessoas e o entardecer

Críticos, sobretudo;vulneráveis, perdidos no ermo cotidiano de suas loucuras, hierárquicos solitários vagueando em torno de seu circulo ininterrupto de angustias, seus egos dilacerados calculam seus gestos impulsores animalescos, cordiais diante de seus desejos, irregulares criaturas vulcânicas, emerge de seus olhos um brilho nítido de esperança e mentiras, querem amor porém expressão amargurados gestos de ódio em seus meios, destrutivos como uma criança que não sabe manusear uma arma e a tem em mãos.Donos de uma soberana verdade, malditos em suas crenças impostas, serpentes sensuais e fascinantes, traiçoeiros, fiéis a um deus metafísico, controlador da lei, ética, verdade, natureza de quem morre e permanece vivo, de quem passa fome e quem come ouro. Um mecanismo insensato dissipa de suas mentes tudo aquilo que é inconveniente, construindo então uma nova falsa verdade sobre o passado, como deuses-romancistas, imaginam uma história em seus rins e tornam-na sua inquestionável verdade, adotam a soberania, querem os miolos frios e sua imagem adorada, pouco sabem sobre si, menos ainda sobre o que os cercam, seus princípios são invertidos e poucos notam haver um, traduzem arte;loucura , serenidade;vadiagem, sutiliza;fraqueza , agressividade;força. Está então, na maioria, os que vagueiam vazios e corriqueiros, ignóbeis e levianos, que vagam e que ainda vaguearam. Suas carnes da mesma forma decompor-se-ão, suas lagrimas mudas, da mesma forma escorreram no vazio de teus peitos murchos, e todos numa sinfônia sem partitura, insistem e tocar a mesma musica.Não acreditem no que dizem, pois diante do relógio o seu tempo é outro escorre diferente, não siga os populares conceitos, cheios de preconceitos, imagens sempre mutáveis como na face e nas paisagens, por mais que pareçam solidas, podem se transformar em areia. O inquestionável, questionado, é a fonte ininterrupta de respostas.


Texto e ilustração: Marcelo Felipeti Junior


Piquenique no parque das carnes frescas

A prostração do caráter humano, repercuti antagonismos no que se distingui a raça humana.Quão veemente orgulhamo-nos pelo o que nos torna “superior” aos outros seres vivos, nossa inteligência, nossa capacidade de questionar,avaliar,criar, nos fazem esquecer a característica homo sapiens, reino;animália ordem; primates domínio;eukaryota e nos fazemos deuses julgadores, categoria superior. No entanto, possuímos ainda os instintos mais selvagens das espécies, utilizamos de nossa ciência ( o conhecimento adquirido pelo homem) inconseqüentemente,apenas agimos de forma a saciarmos nossas vontades e nossos instintos animalescos bem desenvolvidos. Como até os dias de hoje, ainda procuramos justificar o sórdido ato, de derramar sangue para saciar caprichosamente seus desejos egoístas. Nos gritos trocados entre gente grande, a quem é interrompido o fôlego, são as crianças, e assim acontece nas guerras desta terra regada a sangue fresco, e para saciar-nos, degustar tranquilamente nossos caprichos, fazemos vista grossa para a angustia e o desespero alheio, honrando a cultura primitiva de um ser que se acostumou com atos barbaros não permitindo que os tais interrompam sua rotina, e assim se sucedem uma chacina de proporções ululantes, negamos a evolução com justificativas caprichosas, sendo as mais frias, avacalhadas e ínfimas.
texto: Marcelo Felipeti Junior