sexta-feira, 23 de dezembro de 2011














Marcelo Felipeti J.
Este ódio, embriagado num baile de mascaras, é o amor visando proteger-se, de seu amor. Travada esta dança, um tango de morte, o orgulho nos talha em marfim, o quanto sangra não se pesa mais, nos afoga em silencio, a benção de nossa guerra nos foi consentida, como pode empunhar a espada com tanta veemência? E largar nosso amor em falência, com medo de lutar pelo o que nos aquece.
Pergunto-me se encontrarei forças, para que desarmado , desnudo em verdades, frente a tua face de mármore, cociente do golpe o qual cravar-me-á sem que eu reaja, sangrarei todo meu amor. Teus olhos talvez um brilho de vitória e desprezo, talvez uma lagrima contida, eu agonizante, me encherei de vitória, de quem ergueu seu coração em meio ao fogo cruzado, e gritou que ama seu amado desgraçado.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Meus pedaços perdidos,
tornam-se enxerto ao meu peito,
quando os transformo em palavras.
Venho flertando a desesperança a algum tempo, neste tempo, tenho tido um envolvimento bastante sério com Tristesa, perco as horas ao seu lado.
Seu pai Sr. Acaso Da Ignorância Silva, é um homem bastante peculiar, visando seu conhecimento sobre minha amante, a Angustia, ele nada diz, nada faz. Para essas personalidades fortes, tenho uma confidente, a Melancolia, que me esvazia e me enche de teu consolo, vazio.
Tenho procurado me envolver com outra gente, mas toda gente parece estar envolvida demais com uma tal de Ganância.
Por relume imiscível dos ícones gloriosos da cúspide piramidal,
Aos escravos rambles pelo pão,
Por antropofagia dos semideuses
Pelo berço desmamado,
Pela miséria velada,
Pela angustia desprezada,
Pela mentira disseminada,
Pelos valores invertidos,
Por alguns trocados,
Pela terra cimentada infértil,
Pela natureza mercantilizada,
Pelo povo desumanizado,
Pela coragem esvaecida,
Pelos frutos apodrecidos,
Pelo futuro desprovido,
Pela sangue humilhado,
Pelas mãos atadas a ignorância,
Pela essência perdida da arte, do povo, da vida,
Pela dor vitalícia,
Pela doença de morte,
Pelas ruínas de infância,
Pelos sonhos jacosos,
Pelo amor perdido,
Pelo amor intocado,
Pelo amor inexistente,
Por quando me perguntam se estou bem,
Por ironicamente rir, e dizer que estou bem.
Por isso meus dedos em carne viva,
Por isso, o meu falar disparatado,
Por isso, os meus silêncios abismais,
Por isso, minha famélica impulsividade,
Por isso, meus toques, tiques,
Por isso, minha fervorosa utopia,
Por isso,minha dor de estomago,
Por isso,minha dor de cabeça
Por isso, nunca choro, por arder-me constantemente, por chorar calado dentro da alma icontente.
Amar-te-ei em marte, martelando a parte efêmera da eternidade, tremendo em minha insanidade, distante na saudade, atento ao sanatório de tua verossimidade, espectador de sua decadência essência, meu pequeno Dorian Gray, Lírio maligno quer-me louco, todos eles, antropófago sou seu em prato de porcelana fina para mordiscar-me, te amo mesmo assim, e gargalhadas se afogam dentro de mim, se fez tão tolo alimentando sua suposta grandeza, maquiavélica por fins toscos, mas és parte de mim , te amo mesmo assim...
Ou talvez, seja apenas poesia, uma bela putana maquiavélica que inspira-me arte, minha arte a que dilacera carne podre, a tua, és suspiro poético, que ironia, ria, tu és apenas poesia. Aquilo que não foi real, aquilo que não foi palpável, consumido por vaidade e nunhuma verdade de sua parte, não és saudável ter-lhe no peito veneno maldito, tu por mim foi eleito, fantasma imoral, um espectro do mal.