domingo, 24 de julho de 2011

Superficialmente entregues, leves, eles,

Trágica alto piedade, desmamados impudicos ao sangue problemático,

Olhos brancos, nevoas de indelicadezas, bravos coléricos guerreiros do que te basta,

Do que te ata os anseios que escorrem dos poros de teu corpo só, mesmo essa estanca sendo um coração massacrado,

Essas mãos, braços, olhos, efeito algum causam, vazios, gestos vazios num copo espectral, não sinto, almas vazias não lhes sinto.

Me sorriem como o sol que se põem e leva meu calor, me abraçam como as águas de uma vala, que refrescam e alegram antes de percebe-te preso, só no vazio que te afoga e afaga, e se morre, é por ter desistido de nadar,

e fica sempre aquele falta de ar de "e se eu não tivesse parado de nadar?, aquele mar não me deixava flutuar..."

Escureço sempre, se minhas noites estão salpicadas de estrelas, é para que elas tombem, pois se não existissem, por elas eu não choraria, seria um escuro pleno, em meu cemitério de estrelas , bebo meu vinho amargo que escorrem nas minhas entranhas ardentes, vulcânicas,

Vivo num mundo onde amar é uma sina, comédia boba de criança tola, sou tolo e bobo, sofro feliz por sofrer,

E não se enganes, esse meu sorriso eufórico, minha cara boba de quem pouco se importa, é uma câimbra na face, é só angustia, é só para sorrir em quanto é só dor, por pelo menos sorrir e rir.