sexta-feira, 23 de dezembro de 2011














Marcelo Felipeti J.
Este ódio, embriagado num baile de mascaras, é o amor visando proteger-se, de seu amor. Travada esta dança, um tango de morte, o orgulho nos talha em marfim, o quanto sangra não se pesa mais, nos afoga em silencio, a benção de nossa guerra nos foi consentida, como pode empunhar a espada com tanta veemência? E largar nosso amor em falência, com medo de lutar pelo o que nos aquece.
Pergunto-me se encontrarei forças, para que desarmado , desnudo em verdades, frente a tua face de mármore, cociente do golpe o qual cravar-me-á sem que eu reaja, sangrarei todo meu amor. Teus olhos talvez um brilho de vitória e desprezo, talvez uma lagrima contida, eu agonizante, me encherei de vitória, de quem ergueu seu coração em meio ao fogo cruzado, e gritou que ama seu amado desgraçado.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Meus pedaços perdidos,
tornam-se enxerto ao meu peito,
quando os transformo em palavras.
Venho flertando a desesperança a algum tempo, neste tempo, tenho tido um envolvimento bastante sério com Tristesa, perco as horas ao seu lado.
Seu pai Sr. Acaso Da Ignorância Silva, é um homem bastante peculiar, visando seu conhecimento sobre minha amante, a Angustia, ele nada diz, nada faz. Para essas personalidades fortes, tenho uma confidente, a Melancolia, que me esvazia e me enche de teu consolo, vazio.
Tenho procurado me envolver com outra gente, mas toda gente parece estar envolvida demais com uma tal de Ganância.
Por relume imiscível dos ícones gloriosos da cúspide piramidal,
Aos escravos rambles pelo pão,
Por antropofagia dos semideuses
Pelo berço desmamado,
Pela miséria velada,
Pela angustia desprezada,
Pela mentira disseminada,
Pelos valores invertidos,
Por alguns trocados,
Pela terra cimentada infértil,
Pela natureza mercantilizada,
Pelo povo desumanizado,
Pela coragem esvaecida,
Pelos frutos apodrecidos,
Pelo futuro desprovido,
Pela sangue humilhado,
Pelas mãos atadas a ignorância,
Pela essência perdida da arte, do povo, da vida,
Pela dor vitalícia,
Pela doença de morte,
Pelas ruínas de infância,
Pelos sonhos jacosos,
Pelo amor perdido,
Pelo amor intocado,
Pelo amor inexistente,
Por quando me perguntam se estou bem,
Por ironicamente rir, e dizer que estou bem.
Por isso meus dedos em carne viva,
Por isso, o meu falar disparatado,
Por isso, os meus silêncios abismais,
Por isso, minha famélica impulsividade,
Por isso, meus toques, tiques,
Por isso, minha fervorosa utopia,
Por isso,minha dor de estomago,
Por isso,minha dor de cabeça
Por isso, nunca choro, por arder-me constantemente, por chorar calado dentro da alma icontente.
Amar-te-ei em marte, martelando a parte efêmera da eternidade, tremendo em minha insanidade, distante na saudade, atento ao sanatório de tua verossimidade, espectador de sua decadência essência, meu pequeno Dorian Gray, Lírio maligno quer-me louco, todos eles, antropófago sou seu em prato de porcelana fina para mordiscar-me, te amo mesmo assim, e gargalhadas se afogam dentro de mim, se fez tão tolo alimentando sua suposta grandeza, maquiavélica por fins toscos, mas és parte de mim , te amo mesmo assim...
Ou talvez, seja apenas poesia, uma bela putana maquiavélica que inspira-me arte, minha arte a que dilacera carne podre, a tua, és suspiro poético, que ironia, ria, tu és apenas poesia. Aquilo que não foi real, aquilo que não foi palpável, consumido por vaidade e nunhuma verdade de sua parte, não és saudável ter-lhe no peito veneno maldito, tu por mim foi eleito, fantasma imoral, um espectro do mal.

sábado, 19 de novembro de 2011

As sombras revelam-se depravadas,


Insinuativas movimentando-se como um chamado secreto,


Convite pederasta, seduz homens de família,


Que nas sombras produzem um gozo obstruoso, imoral,


Castigado, ao relume dos tribunais da retina, vestem-se , encasulam-se . Sombras de Dionísio, mas a carne é de Apolo, mascara do clarão, que as sombras calam-se, e guardam seu gozo escuro, a boca, num banheiro publico.

Preparei um chá de maçã e canela para acompanhar-me, a chuva está constante, incessante, abundante. Pus aceso um incenso e jasmins para misturar-se ao perfume da chuva. A musica é composta pelo tilintar do carteiro do vento e os gotejos.


A cidade inteira está mergulhada em sua atmosfera, úmida, melhor ainda sentem, aqueles que como eu, estão sentados de fronte a uma janela, bebericando uma bebida quente, e registrando-a, em devaneios tatuados por uma velha maquina de escrever.


Mistura-me um sabor de tédio calmo, com o primeiro trago de ar pós ondas tempestuosas, e a tristeza abtual.


Estou só, eu , o papel, a chuva, a maquina velha, o chá, a janela, a paisagem e os pesares. Estando só , é que percebo que estou completo, quando minha solidão invade, estando só , colore todo o ambiente, com meus tons. Em meio a multidões, não passam de uma solidão amontoada, um borrão de tintas desamorniosas, conflitantes.


Hoje não acordei pensando na morte, acordei pensando em sonhos , os que uma onda fria de realidade os apagaram no tempo, sinto saudades do sabor da inocência.


Porém, se ainda me permito estar vivo, é que tenho sonhos, se tenho sonhos, tenho inocência, e se tenho inocência, ainda existem ondas frias.


De repente me sobe uma agonia de levantar e viver, de para de escrever, de levantar e correr para um boteco mais próximo, ao encontro de um amigo lógico, mas não parei de escrever, talvez seja isso aqui que me é viver.

O bufo quente bufa a fera, bufo estupefacto de teu erebo, réptil viscoso sutilmente serpenteia contornando a tela e essa idéia.



O sol toma tento e queima os sentimentos esturricados,



Não, não, murmurados , rangendo dos pulmões.



Que essa reza fuja das prisões, que essa tinta escorra, a tela dum sonho tosco.



Buscam os céus a carne fresca, numa ciranda grotesca, VERTIGEM, VERTIGEM, a dor atinge a calma da desesperança, LAVA, derrama e lava, lava a água que sai da alma, molha o painel que os músculos da maquina não obedecem mais.



Jazida nestas terras, quem vai pagar? Quanto é pra parcelar?



É brincadeira de criança moderna? Agonizar na terra? Agonizar na terra?



É ela e a fera, areia, calango, serpente, o sol, alguém na garganta inexistente pra clamar. Que poderia ser daquele onde não tem espaço para sonhar, papel para datilografar o vazio de tua mula manca.



O mais próximo contato com Deuses, dos pilares de concreto estéril, é ,Madame, Madame De Lá, entrevistadeira que estrevistô a gente da farofada de cá, figura esguia, tripa leitosa que se não fosse chic seria uma judiação pomposa.



A boneca frouxa de carne roxa da palha pendente do bucho onde os urubus faz lambuzo, afogou um grito em sangue, ecoou no espaço. Zé ria que essa menina queria que queria ser redatora, queria por que queria pobre Maria. Foi caraminhola que Madame de lá trouxe pra cá ele dizia.



De repente, um cheiro do passado, no ato do enquadro, é o leite azedo desmamado, a cachaça e o cigarro do engendro desgraçado, o qual a vendeu por uns trocados.



Mas quem sabe no lado de lá, a menina num vá conhecer o mar.



O urubu lá no alto, o qual é o primeiro a mordiscar? É o do sistema que quer carne sofrida para a engrenagem funcionar, farofada de tutano de cidadão fulano é o prato fino zé, você ta ai zé? Zé ta no prato, né zé.



Ninguém quer lavar o rosto de verdade,


Estão maquiados de vaidades,


Ninguém quer lavar as mãos em verdades,


Estão atados em vaidades,


Ninguém quer tocar a verdade,


Tem nojo do que sai ao orifício,


Ninguém quer a liberdade,


É mais fácil zelar a engrenagem,


A forma está feita! Dizem os ventríloquos.


Produzam! Gritam os bonecos.


Seu espaço está traçado, dizem os Deuses,


E os homens giram incansáveis em sua redoma,


Girando , girando, nem sentem o sintoma,


Da cegueira humana que o diabo doma.



Beijo passaporte




No momento que tu me beijaste,


Aquele além que me consumiste,


No ato de um sonho que surgiste,


O qual um Deus o que eu mataste,


Vi teu vomito de escárnio que lhe jorraste,


De um filho que nos consumiste,


Por nós pais que lhe outorgaste,


O poder de que nos condenastes.


No ato do beijo que me apunhalaste,


Criei um mundo o qual quis que me jogasse,


Cai de pronto em mente o refugio que eu criaste,


E é daqui que sou Deus.


Pinceladas no além eu causaste,


Fantásticas cores seja aonde quer que eu passe.

A lucidez que teus beijos me roubaste.



Beije os lábios da cidade em choque de fios e para raios e observe, veja a sujeira que vem, estranho reflexo em meus olhos, ela me fez parte, grudou em minha nuca e me sentou junto a ela em minha sala de estar, cometeu seu crime, incriminou-me, pago-os sequelado de horror, tenho os trejeitos do medo, da vaidade, o do desejo negado, desejo cuspir teus beijos, estuprou-me ausente de verdade, ouvi um jazz triste, um porco que ria e ria e engasgava com a fumaça. E senti toda essa desgraça, largado em uma praça.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Quero os olhos a boca e teus cabelos,

Tuas cores teus delírios teus sabores,

O teu ar, teu mar, teu pesar,

Quero a mão sobre a minha,

Sobre a xícara quente, de uma noite fria,

De um café amargo,

Quero as noites ter a rima de improviso, o luar,

Os galhos das arvores cúpulas de nosso lar,

Perto do fogo, fogueira, chama, manto, a queimar,

O sol da flauta , um sopro um vento, um doce cantar,

Quero o tédio feito de arte, juntos a criar,

Um novo mundo, um novo astro, um novo lar,

Quero os músculos ardendo,

A cachola fritando,

A testa suando,

Por juntos lutar, pela verdade de um amor,

Que o mundo a de encontrar,

Quero matar a vaidade,

Mostrar a liberdade,

Comer o fruto proibido

E ser contigo o infinito continuo.

O sol a pino, anuncia o carnaval,

O fogo arde, chama infernal,

Traça o riso do medo,

O brilho dos olhos de um pardal,

Criaturinha pequena, voa tonta pelo farol,

Jogam-lhe migalhas.

Traz ao bico um cigarro,

Um escarro,

A garganta um coração , um sapo,

Sandálias de Adeus de pés no chão,

Um uivo animal.

Quanta desgraça!

E ali, quem passa? És a morte,

Que cerca a ultima piada de esperança,

Cantam os tambores!

A preta dança pra afastar o mal,

Brasil! Não ria! Do choro de um pardal,

A decadência, o degredo, é real,

Não aplaudam, não se assustem!

Levanta-te a cabeça que pensa e pense!

E sinta! Tens os músculos de um país,

Tens o grito gutural de uma verdade que tu sabes,

Dói e faz mal.

Gritem! GRITEM toda essa dor!

Queremos amor! AMOR!

Não migalhas de um doutor,

Não as mentiras do senhor!

Tuas mãos fazem mais do que repetir,

Tecem o manto pra vestir,

Queremos terra pra planta,

Vida pra cultivar, verdades para amar.

Basta! Quero que esse chão se afunde!

Quero que esse teto caia!

Quero que essa fome coma!

Quero que essa vergonha saia!

Abra alas pro amor que venha,

Que esse sono durma de baixo de um coqueiro em salvador,

Quero esse luxo verde, de arvores frondosas,

Quero esses cabelos soltos,

Esse olhar tranqüilo, e todos os frutos aos nossos filhos.

Tão pouco importa os metais raros,

Os tecidos finos,

Entender os vinhos caros,

Quer entender mais raro;

Que o das sutilezas de um bosque, o orvalho,

Da vida de um carvalho,

Da liberdade de um canário,

Tão pouco importa;

O sobrenome do augustíssimo,

Diplomacia, hierarquia, etiqueta,

Pragmática, conservadores e doutores,

Aduladores, imagens santas,

Para tanta arrogância o mesmo peso a ignorância.

Tão belos és os mantos que as pretas velhas tecem aos cantos,

Encanto-me, ao velos os jarros, de barros vermelhos,

Tomar forma, e ir ao forno a lenha,

Lenha que a noite venha,

E em torno da fogueira,

Muitos instrumentos de bambu e madeira,

Frutos que colhemos com as mãos que os plantaram,

Erva cuidada roda a roda e todos a roda a suspiraram,

Sutilmente, levemente, a celebraram,

Na harmonia ouve-se cantos de corujas o rugir dos tambores,

O sopro do ventos e das flautas em comprimento,

Os bandolins estão nos chamando os poetas cantam,

E todo o resto, dançam,

Ali ninguém sabe o que é monogamia , ou o que deixa de ser isso,

Ninguém entende o que não possa ser natural,

Só entendem o que é amor, entendem o poder de suas mentes,

Mas sabem do que vive o coração.

Despertaram veementes,

O café a pouco moído,

Perfuma a manhã, tem bacias de maçã, mexerica pocã,

Pães frescos, tortas de nozes e avelã,

Banana nanica, aveia e açaí,

E por ali, um sagüi pega com as mãozinhas um caqui,

Das bandas de lá , vinha vindo um andarilho,

Sem dinheiro , nem sorriso,

Só trazia consigo dores e castigos,

A vaidade dos homens o estuprara,

A ganância o afogou, o desprezo retalhou-o.

Chegue mais meu rapaz, aqui é festa os ventos que lhe traz,

Todos levantaram, o saldaram,

Quer abrigo? Aqui se faz.

Ensinaram-lhe a tecer, plantar e colher,

A energia do Sol, as águas do lençol,

A arte em madeira, bambu, pedra barro,

E banhar-se em cachoeira.

Aqui a política é o amor,

Pouca importa herança de sangue, o que traz na bagagem ,

Queremos decepar a dor, admirar a paisagem

Trocar carinhos, ensinamentos, e saber que estamos só de passagem.

O7-10-2011

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Adaptar-se a esta sociedade é praticar constantemente a vulgaridade de ignorar o fenomeno vida.
Viver esta estrutura social é alimentar a insanidade dos séculos.
Talvez fosse eu , animal morto a beira da estrada, ali jogado tirando gemidos de repulsa ao publico que passa. Mas decidi passar junto aos passantes, fingir também estar vivo, e matando a morte com vida.
De repente, não tenho mais medo, morte. Tenho Uma certa curiosidade estranha.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

A benção ao palhaço

Eu te amei nu, despido em carne viva, descarnado te pus aos braços embolado em verdades,

Mas teve medo de se ver refletido em meus olhos enternecidos, e quis vestirce , em cera fria placidas mascaras o cobria.

Tu eras louco que ria? E fingia-se que aos meus braços dormia em cabricho e sadismo, puro ironismo.

A sintese de teu amor modorrento ou de uma piada vil, me fez crescer ao relento, tornou-me mais sutil, e relendo atento teus passos, tenho pena de teus traços. Mas não pense que durmo sem teus braços, e não ria, pois quem brincou que amou que é palhaço.

13/09/2011

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Quanto mal entendido para tanto fetichismo,

Assimilações, ante olhos cruz, corpos nus, e teu vazio embalado alvo em cera fria,
E ao teu Deus, o que lhe seduz? Preciso saber do sabor deste vinho, não tomarei este teu caminho.
Imagina... as casas, os cubos, a terra e as raízes, a carne o pranto, a alma e a desilusão.
Meu mel sensorial, teu véu que cria o animal, teu mal, teu sal, teu Santo Graal.
Fenômeno anônimo, vida que instiga dor, utopias dos que pereciam em obras intimas, vazias.
Concordamos, andamos, e a cara que ria , dói fria.
A navalha a piada traça o berço ao chão, a sete palmos de questão.
O tropeço do canto da boca ao infinito do peito eleito a maior dor do feito desamor,
O calor, não se engane, não vem do suor, da comida do sol, da febre, do ouro, do ópio de Deus, vem do amor meu caro senhor primaz, orgulhosamente enquadrado, dignamente apresentável, senhor socialmente virtuoso, fatidicamente maquinal. Monstruoso tu és diante de amor real... Diga ao teu bem e teu mal, se é amor tem de ser incondicional.

sábado, 3 de setembro de 2011

Vim de longe com os sonhos na bagagem, mas aqui o meu longe é perto,
de bolsos furados, e a cara a se esculachar, mas o frio é pouco e o medo é piada,
rasguei deveres, abracei acaso, feliz para meu amor, mas me veio apenas dor,
criança tropecei no medo, mas como amor tirano ele me disse pouco amor, pouco, para mim,
E para mim? quais gestos assim, tão louváveis tu fez a mim?
Para que eu me ponha a delirar pelas ruas teu amor tirano assim!

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Nesta minha solidão, eu escrevo minhas loucuras em fumaça de meu cigarro de artista baby,

Nestas minhas loucuras, eu trago um bocado de blues, e sopro sem tossir, e todo esse ritmo me faz a cabeça.

E todo esse amor, baby, a de arranhar as cordas vocais de qualquer gaita,

Meu coração está num sufoco, mas o corpo ainda possui esse ritimo louco,

Escute essa lição dear , não importa o dinheiro , o teu sangue será sempre o mesmo , e o teu coração terá fome da mesma coisa...

Amor, me ame, como alguém faminto, é verdade não minto, estou faminto baby,

São três da manhã, os vizinhos não agüentam mais esse blues e os tec-tecs da maquina de escrever, meu café está frio, não tenho sido sutil e as pessoas me acham inútil, mas meu amor não ah dinheiro que pague eu te imaginar assim bem pertinho de mim, oh , e esse teu beijo de café!

O mundo está louco, e me dizem que estou fora do ritmo, mas estou naquele filme de te amar, e vou ficar aqui em preto e branco fumando meu cigarro e te olhando, baby venha viajar comigo, pegue teu chapéu e vamos embora! Não brigue comigo amor, já carreguei muita dor e sou criança assim, não tenho dinheiro algum e nada na cabeça, mas posso te amar todo o amor que cabe em mim , não se esqueça.

É curioso , mesmo difícil de entende, a corte inteira afia a guilhotina esperando o momento de tua cabeça rolar, e você sem nem imaginar, sente-se tão bem com aquela gente, Mas agente pressente, ou é apenas o ócio ditando loucuras, a verdade é que sou um ser natural, com ritmo natural, que observa minúcias naturais, tem paladar verde, e amo amor, Pode chamar de regressão, alucinação, o que for, sou mesmo uma criança de outra época, uma criança com inclinações eruditas mas que não passa de um camponês, que quer amor tímido e peitudo, que nada abale a liberdade, e que passe o tempo sem saber que ele existe.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Murmurinhos d’água





Perfumada de terra, murmurinhos dӇgua,


Banham a cidade atarantada,


Já estava prevista nos jornais, as poças d’água.,


Um vuco-vuco toma os terminais,


E dos vitrais, um poeta calado,


Uma viúva, alguém do outro lado, meio que de lado,




E as crianças destemperança,


Marginais, sem país e pais,


Engolem a fome, abraçam o frio aos calafrios,


Exibem sua miséria sem mover se quer um fio,


do publico gente imiscível e vil.




Entre uma goteira e outra,


O menino se distrai num vazio erecto,


Nas frases eróticas e banais,


Escritas na porta, no banheiro publicam,


Num banheiro público,


A espera de qualquer rapaz,


Para um gozo, adeus e nunca mais.




A janela onde Clara debruçava-se,


Desfazia-se em negras lagrimas,


Está fechada,


Tua paisagem não mais está repleta de bitucas de cigarros,


De outras lagrimas passadas,


Deu espaço a ervas daninhas e musgos,


Que nasceram de tuas miragens,


Onde agora está Clara? Na escuridão de tuas magoas.




Uma criança chora, implora,


Por poder buscar teu livro de contos de fadas,


Que a chuva lá fora já o levou embora,


Pobre criança, esqueceu teus sonhos na rua,


Fadas , cavalheiros e castelos,


Arrastados ao esgoto em flagelos.




Na catedral, o bispo reza a reza dos finados da semana,


Com a chuva lá fora, só a mãe ai chora,


A morte de teu filho que levaram embora,


Maria do tanque, do feijão com farinha,


Dos tricôs e dos hinos ao senhor,


Tão devota, tão Maria, tão sofrida.




Onde foram todas as pombas dos arredores do centro velho?


Onde estão todos os gatos negros do cemitério?




Perfumada de terra, murmurinhos d’água,


Banham a cidade afogada em magoas,


Trazem as costas os teus fantasmas,


E os guarda-chuvas guardam os raios que o partam.




20-08-2011

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Das plantas que plantei,

Das que vingaram,

Os frutos e flores eram venenos intoxicantes,

Logo definharam, o veneno e a febre se espalharam,

Das outras que plantei,

Nunca as encontrei, o amor, que flor rara.

Que tanto reguei,

Logo esqueci-me, e de sonhar com flores,

Logo definhei-me também.

Por criar-me em fantasias,

Nem mal, nem bem . nem criança nem louco,

Por auto aprisionar-me obstruoso,

Lodoso, macilento, modorrento.

Aos olhos do povoado, medieval,

Que ao bosque abrumado, evitam-no assustados,

Mas se o jovem empertigado decide enfrenta-lo,

Entra ali a apouco e logo sente-se entediado,

“Apenas galhos , ventos e pios”

Se invés um indiozinho desavisado,

De meus galhos faria uma cupular oca,

E com o tempo falaria a língua dos pássaros,

E do vento entenderia o tempo.

Por tratar-se de mim, que importa meu tempo?

Que importa meu vento? Que importa meus galhos?

Por criar-me em fantasia, que me vou pungente,

Vivendo junto a essa gente angustiosa,

Nestas terras ínfimas.

Minha atmosfera nauseante,

De sombras, ácaros e velharias,

Ah! Essa minha voz irritante,

O que diria deste meu jeito repugnante?

Sempre disposto a uma carraspana,

Insalubre, macilento,

Nódoas por todo meu peito

Que urra dores por qualquer papel,

Todos os santos temem a mim,

A minha descrença,

Toda a família despreza-me,

Por meu igual desprezo a pragmática,

Me encaixo tão bem a decadência,

Afinal, o que seria a decadência meu senhor augustissimo?

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Que o que constroem palavras determinadas túmidas de emoções, quem é poeta o suficiente para expressar vertigens de forma a compreendê-las assim em todas suas formas, e se de letras e formas planas tudo é feito, que precipício é esse de imensidões de possibilidades, tombos infinitos, ou quedas curtas talvez... e se do néctar dos Deuses provais e que fará com o da terra? E se esse fogo queimou assim, como queimar maior me apresentando homem indefesos e manco, desespero-me assim corrosivo sou, mas poupa-me de palavras assim tão gloriosas, faltou convulsão, gana , sou das chamas que consomem e provam que ei de queimar eternamente.

sábado, 30 de julho de 2011

Entre as flores o mesmo perfume, e as cores sempre cores, estáticas, mudas, nós que inventamo-nas, e o tédio, sempre aqui e ali, as mortes sempre berço, nada carrego, nada levo. Quem sou quando me permito ser feliz diante de tantas cabeças caídas nas guias , nas ruas, no céu? Quem sou eu que me permito sofrer toda minha rara vida por gente que nunca verei nem saberei se foi ou se mentiu, quem sou quando sou mais um? O corpo é prisão ou liberdade? Corremos colhendo memorias por ai, o que se planta sempre se consome, até aquela chama nos olhos some, e eu aqui, olhando o que esperam de mim, sendo o que penso que posso.
Mais uma mancha violeta na historia, fria, triste, mórbida, falaram que é algo que passa, é cor que muda, mas se não muda a terra sou sempre violetas. O que é belo da-me desgaste, mas é sempre belo, sempre encanta, e desgasta. Somos cacos de vasos quebrados, por ai, nada novo , apenas um remendo.
Está crescendo , eu sinto maior, tumor louco, olhos vagos, boca dolorida, pele que queima fria, e quando ao espelho olho, não condiz, com o que sinto, como me sentem.
Quando nos encontramos numa esfera , não enxergamos além dela, ninguém mais enxerga nada, sei perdoar, mas a decepção é i inevitável, decepção, palavra que invade, atordoa... Os homens sempre viverão por si só ? Buncando aos outros para que satisfasam-no , sosinhos não vivem, mas é só para o eu solitário que vivem, enxergo-nos brancos, um branco monstruoso, grande como de um sanatório, você se perde num desequilibrio por depara com o vazio de si, vamo-nos nos apagando, destorsendo a sanidade, retorsendo as memorias, apagando os prazeres. Entre os predios, numerosas familias de ratos, os ratos sempre ratos,o trabalho sempre trabalho, a vingança sempre se come fria, como a putana Maria, o dinheiro sempre compra tudo, o tudo sempre é pouco, Deus sempre está no céu, la lonje, os aflitos, sempre somos nós, e nossas dores sempre são as maiores, o que está lá, é sempre distante, e o que acontesse aqui é sempre culpa de lá, a estrutura é sempre a mesma, os diagnosticos estão servidos.
Dentro, aqui, de mim, neste oceano de mares distantes, de profundezas que se perde o ceu e o inferno, aqui que é tão distante dos meus olhos cinzas, de meus cabelos loiros, de meu jeito sufocante, de esgalgado delirante, aqui inabtado ermo, que lhe espero, como uma menininha que sonha com fadas.
Sou forte sendo assim tão fraco. Faz sentido?

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Amargurados assim

“Geração trauma” disse, e rimos, riso amargo e debochado, então bebemos, café amargo e mais um trago, e sonhamos, e tropeçamos naquelas lembranças loucas, nas amargas e soporíferas também, e nos perguntamos do amor já que tão escassa foi essa flor, e de velhos amigos lembramo-nos, já se foi, que mais se foi?
E se vamos, indo assim, neste ritmo de blues, e nos perguntamos, mais um traço amargo surgiu em mim? e lhe respondo o quão bela és para mim, e nos questionamos, por que ninguém mais nos ama assim?
Escarramos política, choramos uma nova poesia, inflamamo-nos em um novo cinema, debatemos um novo sexo, e fumamos mais uma infância.
Velhos amargos assim, quem diria que eu diria isso de mim.
Que surpresa trouxestes para mim! Tão verdinha cheirosa assim! E tragamos cinematograficamente, e dançamos e crianças novamente nos tornamos. Minha pequena, como nos criamos juntos assim? Como nos tornamos tão sensíveis assim?
Minha amada um dia ei de lhe trazer mil flores, sim, e com teus amores um grande jardim nos enterremos em jasmins.

Papoulas prosam poças enegrecidas dos delírios meus, fungos, ervas, e assas ventam odores lamuriosos, bosques obstruoso, espinheiros lindos enfeitam-me dores lúcidas, rola gorjeia entre os troncos torcidos, túmidos, dos corvos velhos e fúnebres. Tragam Pan para mim! Enxugo todo teu vinho, e nestas terras nascem rosas flamejantes.

Serpentes varias, amo-as damas loucas, envenenam-me e meu couro enfeitam-me.

Os vaga-lumes estão dançando alumiando os pinheirais, dança louca vento sopra, cantam os vendavais, toca escura, vozes cavernais, piam corujas e os monstros fascinantes cantam rituais.

Ophelia silencioso amiga fria e pálida, sou fantasma de teu mesmo bosque, perpetuei-me assombro, claustrofóbico em minha toca de sonhos abismais, onde entro o coelho branco gritando “ estou atrasado, atrasado, até mais!” e aqui ao meu lado , mora três corujas de olhos bem arregalados, observa-me cultas, o desventurado.

Alma de artista

Ele tens alma de artista ela diz. Eles riem. Artista? Artista não constrói , não produz, só chora, critica e desluz, diz o homem pedreiro. Artista ? só inventa mais cruz, depravados desgraçados, terra infértil disse Jesus. Gagueja a velha senhora de Deus. Artista! Ri a criança gorda. Artista é o mendigo da praça ao lado? Todos a debochar...

Artista! Grita o prefeito tomado de horror, artista só sabe por caraminholas na cabeça do povo meu senhor!

A mãe que outrora empolgava-se com a idéia, agora pouse a chorar. E agora! E agora!exclamava a berrar.

Não se aflijas minha senhora , outro filho Deus a de te dar, e se rezar, um belo doutorzinho ele á de te ser! E este, do demônio, cedo ou tarde das noites das ruas a de ser, esqueça-o , a de saber..

E a criança distraídas, mal sabe o mal que é viver, nesta terra que agente fez crescer.

Fiasco de criança

Sombras tremulas, espectrais revelam-se abismais, essas tais, rascunhos de infância, fiasco de criança, na caixinha nenhum brinquedo, bailarina manca dança e dança, embriagada sua musica de fadas, na caixinha jóias de menina, vazio das horas, ruas noturnas povoadas de sombras soturnas, em noites serpentes luziam em sonhos no ninho, pueril criança, feita de ácaros, das loucas mariposas, sopra em ruínas e trilhos de trem, matos e rios, estradas e vazios, e seus temores nada mais que as traças, traças que amam e amando roem, roem os sonhos, roem o sexo, roem a infância, roem o amor, deixam caminhos de pavor, Mamãe me quer menino de cabelos limpos, papai me quer cão adestrado, role, busque, abane o rabo, que tenha nome de doutor, e no cil, cadelas me acompanhem ao desfilar viril.

Menino do porão, de nódoas, cirandas fantasmagóricas, nos caminhos de traças, pratos quebrados, gritos guturais, adeus nos olhos, vergonha, vergonha, vergonha, brinquedos no alto do armário, bibelôs quebrados, unhas em carne, culpa, culpa, culpa, sonhos que se sonha sozinho.

domingo, 24 de julho de 2011

Superficialmente entregues, leves, eles,

Trágica alto piedade, desmamados impudicos ao sangue problemático,

Olhos brancos, nevoas de indelicadezas, bravos coléricos guerreiros do que te basta,

Do que te ata os anseios que escorrem dos poros de teu corpo só, mesmo essa estanca sendo um coração massacrado,

Essas mãos, braços, olhos, efeito algum causam, vazios, gestos vazios num copo espectral, não sinto, almas vazias não lhes sinto.

Me sorriem como o sol que se põem e leva meu calor, me abraçam como as águas de uma vala, que refrescam e alegram antes de percebe-te preso, só no vazio que te afoga e afaga, e se morre, é por ter desistido de nadar,

e fica sempre aquele falta de ar de "e se eu não tivesse parado de nadar?, aquele mar não me deixava flutuar..."

Escureço sempre, se minhas noites estão salpicadas de estrelas, é para que elas tombem, pois se não existissem, por elas eu não choraria, seria um escuro pleno, em meu cemitério de estrelas , bebo meu vinho amargo que escorrem nas minhas entranhas ardentes, vulcânicas,

Vivo num mundo onde amar é uma sina, comédia boba de criança tola, sou tolo e bobo, sofro feliz por sofrer,

E não se enganes, esse meu sorriso eufórico, minha cara boba de quem pouco se importa, é uma câimbra na face, é só angustia, é só para sorrir em quanto é só dor, por pelo menos sorrir e rir.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Cessaram os temores, os horrores, abortei tudo o que tinha aqui para ter espaço só para você,

Morreu aquele velho ranzinza dos gatos, aquele medo do escuro, aquele medo de mim,

Estou lúcido , não sou uma nuvem , um sopro, um devaneio, sou teu, mas não sou teu ilusão. Aquele sopro, aquele olhar, aquele lugar que separei ao meu lado, aquela ave que apontei no vazio, ri-me debochei-me, tolo! Como sonhas criança!. E agora , posso rir novamente, não amargamente, mas posso dizer-me que não era ilusão.

É mais fácil dizer-me louco que dar-me uma explicação, mas era verdade, teu olhos, até mesmo tua voz!. Sou agora tudo que sempre amei, por que sou completo, sou repleto de você, sou eterno, sou o ar que tu respiras, infla-te o peito e sinta-me.

Os seres de mim bebem e dançam rodopiam em uma valsa louca, meu pan , meu vinho, meu eu mais belo, tornou-me real.

Esse sangue nas entranhas, era diferente, era sangue que sangrava, não esse que pulsa quente, o fenômeno vida, meu fenômeno vida, só agora é um fenômeno, só agora é vida.

Ontem quis-me sepultado, amanhã quero ao vento, depois quero ser terra, e logo sou paisagem, mas o que sei que sempre quero, é teus mais belos lábios sinceros, o precipício negro selvagem que devorou-me deliciosamente, esse olhos raros, devore-me amor, devora-me meu ar, devora-me meu sonho mais nobre, devora-me e me acolhe em tuas entranhas.

O fenômeno vida é o agora, fenômeno raro pouco. O que faz de teu pouco, teus segundos de existência, o que faz de teu fenômeno único pequeno raro, que faz de tua vida rápida , extraordinária, tua, estrela cadente?

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Insônia insana claustrofóbica infância

Pesadelos acoitam-me as noites dês de criança, criança pequena sozinha criança,

Sonhos sombrios malditos, como arte de uma mente diabólica,

Ruas sórdidas as quais sempre noturnas não me permitem retornar o caminho de casa,

Serpentes , cobrem as ruas e escorem as janelas,

Demônios de horror indizível, invadem meu quarto na penumbra, estrupam-me seres torpes ignóbeis,

O punhal o qual reluzente empunha minha mãe, apunhala-me satisfeita, num rito familiar, divino, todos riem diante de meu cadáver,

E quando obstruosas forças num frenesi em sombras e calafrios o pavor de algo que me espreita , me domina, logo transporto-me sobre um corpo suarento, convulsivo, maluco, que para e brilha, os olhos mortos, e em minhas mãos, resta o sangue o punhal e o pavor.

Como tais requintes do horror embalam-me de criança a ninar-me?

Sou filho de terras ressequidas, inférteis, demônios fiéis?

Eis que em sonhos desgraça, em vida, palhaço maldito, desgraçado tu és filho do mal? Predestinado foi a carregar um punhal, e quando nega-o toma de tua navalha. Tu és filho da puta, tem flores que ninguém as vê, tem sede dos justos mas julgam-no injusto, tem a vida disposta a sacrificar-la para o bem, mas sacrificam-na por sacrificar.

Toma-te o papel que Deus lhe deu demônio ingrato, tantos querem estar em teu lugar, ceifando roubando e gozando.

Não quero ceifar quero amar! Não quero roubar mas me entregar a um amor coeso!

Inefáveis terras enternecidas tenho em mim, se sou filho da lua sou também do sol!

Sonhei tempo demais,

Me rendo, não sonho mais,

Me desfaço, despedaço-me,

Sou teu roda viva, louca, feroz,

Mas eu mesmo, morreu um resto por ai,

Num dia assim por aqui,

Num 13 cruel como acreditam os supersticiosos,

Morri indigente, não vazio, na danação.

sábado, 9 de julho de 2011


Um livro de um capitulo, sem definição adiante,

O nanquim escarlate derramado repentinamente pelo “criador” num frenesi, muda o percurso anterior,

Eis que teu sangue quente e jovial , mancha minhas paginas infantis, Assim morre junto a ti, um outro alguém . alguém que eu viria a ser, não sei quem.

Teus olhos doces, negros, ecoam em mim. Teus lábios fúnebres, teu silencio atormentador, rompem em mim.

Envergonharia tu quem sou hoje, talvez...Mas venho a crer que tu és parte da muralha de meu mundo oculto, tu és personagem inconsciente de meus wonderland´s.

Traga-me flores de onde estás, estou demasiado enjoado dos ares daqui. Meu amigo, estou só por aqui em meio a solitários, e ai, a solidão também lhe atinge?

Se sou quente e aprecio o frio, tu és o frio que aprecia o calor, e este ardor, veneno repentino, pulsa e segue teu fluxo, onde vais? Loucas alucinações, segue em direção ao coração, qual teu efeito? Não ah mais o que fazer, apenas esperar contaminar.

Extremidades se envolvem, observam-se , nada decidem mas seguem de cabelos revoltos a direção que o vento sopra, em silencio, imaginando, o que se passa naquele oceano frio quanto minhas águas quentes trazem flores dos rios que fluem ao verde obstruoso de meus olhos, até tuas águas as flores que trago, chegam despedaçadas em tuas ondas fortes, mas como poderia entender-las se entendes apenas de algas. E seguimos, tão íntimos e intocáveis.

Desejo-te mas não muito, vai ver é só o meu vazio habitual pedindo para ser preenchido,

Olhos latinos, brilho voraz, sussurros estrondosos,

Agrada-me teus beijos mas existe uma malícia que me põem a cismar,

Afasta-me certas palavras tuas, desejava um sabor mais inocente talvez, ou algo que me fizesse diferente, não mais uma aventura,

Foi o casual que se tornou freqüente, o ardente que pediu sentido pós queimar, opostos colidindo-se,

Desagrada-me pensar que talvez seja apenas um ponto fraco e não o meu toque,

Perturba-me pensar que tuas convulsões seja apenas uma perversão natural,

Percebo não poder te agradar demais, apagaria tuas chamas pecaminosas?

Mas o que tenho em mente? Por que incomoda-me tanto tais pensamentos, somos opostos sem sentido, não falamos a mesma língua elas mesmas entendem-se por si

Observo-o, penso, até onde vais? Encontro em mim tendências ao canibalismo, quero devorar-te, telo em mim, mastigar-lo. Não te desejo muito assim? Contradigo-me, passo a passo como num tango.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Meus joelhos doem, muito,

Meus olhos pouco vêem , muito sabem,

Minha boca tem sede, muita, muito tremula,

E tenho muita presa, corro, e não os vejo mover-se.

Meu peito doe, a angustia comprime-o as costelas,

Meu ar está longe, muito, não posso respirar,

Não entendo a calma, todos estão ruídos,

Não entendo a demora, a vida moída, miúda se esvai,

E ninguém nada, nada é, nada faz, nada sente, nada vive.

Enterrer le film en noir où votre vie?

OÙ VOUS enterrer le film en noir de votre vie? Le monde est noir le film de vos rêves.