quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Natal














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Você é um ponto de interrogação, teu pai precisa saber disso.”
É natal, e a vergonha de ser eu decidiu me abraçar hoje, é natal e a ânsia de ser natal me revira o estomago neste dia infeliz... Data desgraçada.
Hipócritas, não sabem nem quem eles são, se punem a menor demonstração de livre pensamento. Tuas crenças medievais e conceitos selvagens vivendo as pré-histórias do mundo moderno e dos seres conscientes e pensantes, vulgares criaturas com teus olhos que gritam insultos para pureza que passa serena não sabem o quão falidos de essência.
Monstro burlesco e adorador de pecados! Gritariam, e queimar-me-iam rindo-se de seus próprios feitos como se teu deus lhe permitisse igualar-se a ele.
Burlesco, excêntrico, voluptuoso... Jamais considerei um insulto.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Imagens inspiradoras

- Diga-me meu caro senhor das palavras, tu que reina o mundo da escrita. Palavras abstratas para que eu na minha vaidade enfeite e agrade, minha amada e aliada luxuria se assim prefere ser chamada.

- Dir-lhe-ei quão burlesco és tua paixão, no melhor sentido da palavra.
Pois teu oceano és profundo e profano, de águas frias quentes turbulentas e mansas, teu vermelho dos rubis frios espelham o vermelho dos lábios beijando os vermelhos dos mamilos enrijecidos, a tua maçã logo se descobriu mordida por adão, a serpente trabalha os dois lados a partir de então. Tua alma vaidosa esburacada é preenchida com jóias, e teu corpo amado pela luxúria é lubrificado com mel.



- Diga-me Sr das palavras, volúpias que lhe agradam, quero ver minha arte materializada em palavras, meus pecados sussurrados. Diga-me sr das palavras, com que jóia eu possa pedir vaidade em casamento, seria um rubi vermelho vibrante como o topo dum órgão masculino enrijecido forte como nosso amor.



Diálogo ;
Vaidade
Sr. da escrita
Luxuria

Marcelo Felipeti

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009



Sou vento

Alguns falam de amor outros de dor; dizendo quão sofredor,
Alguns se decidem entre ser paisagem vaca ou boi,
Outros sofrem pelo o que foi,
Clamam pela justiça a dor do trabalhador
Falam de sexo ou de flor
Homenageiam o corruptor
Ou em subliminar atacam o ditador
Não canto como querem que cante,
Não pinto como querem que pinte
Não danço como querem que dance
Não sou paisagem e nem faço parte
Nem sei o que é arte
Não sou luz nem trevas,
Não sou neutro e não sou nada, sou vento.

Sou canto

Canto um canto onde sou canto,
Canto de tua boca e manto que te acolhe,
Canto dos pássaros,
Abafados pelos sons dos tratores atarefados.
Canto dos becos, onde se encontram os amores,
Hoje espantados pelos infratores.
Canto aonde canta a antiga história,
Onde agora é velha e fica ao canto da memória.
Canto aonde a criança esquecida chora.
Canto que não sou, é canto de guerra e vitória;
Canto que armas cantam glória.

Marcelo Felipeti



Fotografia William Henry Fox Talbot

sábado, 28 de novembro de 2009

Efemera Cúmplice e amante

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De um garoto vestido de monstro para um monstro vestido de garota;
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Teu semblante imóvel,
Olhar penetrante uma incógnita
Teus lábios entreabertos sussurram caricias pecaminosas.
Diga-me o quanto tu és venenosa?

Vestida de libertinagens
Sonhos e miragens
Teu corpo vive ardente
Em escuros e gélidos ambientes

Tu, em tudo teu mundo transparece.
Sedenta de vida, tu careces,
Tua essência um misto perfume embriagante
Alucinógeno e delicado

Dominadora das artes de Vênus
Teu vermelho batom, selou mais uma vez,
Felina espécie, terrestre e sem rédeas,
Uma noite seria obscura como sua mente?

Varias épocas lhe cultuam
O passado e o futuro deliciando-se
E assim o teu futuro gozará por surpresas
De sua extravagante natureza.
Texto:Marcelo felipeti J

De um monstro vestido de garota, para um garoto vestido de monstro.

Texto: Juliana Rodrigues

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Envolto há folhagens secas, cobrem o chão o ano todo, arvores de eucalipto que se estendem, de forma que, pequenos fios de luz crepusculares penetrem. Uma revoada de pássaros negros sobrevoa. Ai então o que ensurdece é o silencio preenchendo-me Pouco a pouco.



Teu coração feito paisagem, apenas distancia,
Vidas de face inexpressivas, presos em teus sonhos,
Ramos que crescem e se perdem no vento,
Carrossel de desejos inebriados.

A carruagem lhe espera, vamos todos para onde?
Nossas paginas estão ao sopro do vento, folheando-se esvoasantes.
A folhagem a muito tempo secou-se , ainda quero sombras,
Não há expressão não importe o quão desesperado fique.

Muito obrigado, por tudo, sentirei saudades...
Carrossel de desejos embriagados.
Sorrisos, passagens que não posso mais... o tempo,
Os ponteiros cravados em suas mãos,
Passos atordoados insistem em perseguir sombras,
A musica se repete, e tudo ainda está girando,
Nossos olhos tumefactos de esperanças.

Marcelo Felipeti

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Teus cigarros e tuas feridas

Minha doce princesinha, porque seus olhos sangram?
Minha pequenina, consternada, tão mulher,
Seus lábios manchados, seus olhos negros,
Parece tão forte, sorri tão intensamente, seus passos são tão firmes!
Abraço-lhe, teus olhos tumefactos derramaram em lagrimas profundas,
Suas sórdidas feridas

Pelos becos escuros cambaleia até seus objetivos,
E no clarão dos olhos pisa firme com seu salto alto.
Tão orgulhosa minha garota.
Minha pequena crias-te esse seu veneno para defender-se,
Acalme-se só por agora, suas garras afiadas em vermelho,
As guarde para mais tarde Ana.

Busca-me um café por for favor e conte-me seus problemas;
Acendes-te seu fiel amigo, e fumaste como se fosse o ultimo.
Tanta magoa, a vida ensina-lhe tão jovem,
Mataste Deus, tão cedo,
Mas ainda sonhas, minha pequena, ninguém afogou seus sonhos,
E por isso ainda vive.
Marcelo Felipeti
[também em homenagem a uma querida amiga]

Sempre nos de paramos, meu pequeno,e ficamos nos olhando...nos observando curiosos.Fazemos parte um do outro, nos sentimos tão unidos, mas vivo meu lado e você o seu,lunáticos, felizes lunáticos, Queria poder lhe dar a mão, e ir embora com você. Minha doce ilusão, aonde meu coração se perde, e o buraco de meu peito se acaba, Quando nos levantemos, e nos despedimos com apenas olhares ainda curioso, posso sentir tanto tudo isso, ninguém além de nós é capaz de sentir, as cores que ninguém além de nós pode enxergar... Meu oceano, meu segredo, minha loucura, te quero tanto, Seus lábios são os mais venenosos, seus olhos o melhor transporte para qualquer lugar, e eu sou a dor, a que você observa curioso, sou o desespero e o incapacitado, sou a realidade e você os sonhos, queria um dia ser o inconsciente e você o cociente, queria um dia ser nós em um paralelo, queria a realidade de minhas alucinações... Despedimos-nos, e tão sutilmente vamos desaparecendo entre tudo, entre os sons os ventos as imagens os seres as cores os sentimentos.E o eu, volta à realidade.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009


Olivier de sagazan é um artista francês, pintor, escultor, e performance. nascido em 1959 em brazzaville (congo).
Sua obra perturbadora engendrada por sua excentricidade, expressa ululante consternação, a poucos se passa despercebida. Olivier de Sagazan é fantástico no que faz, seja como pintor,escultor e performance, seria impossível optar entre um de seus estilos.


Olivier de Sagazan website oficial







Em minha própria homenagem, pelos meus momentos quase que já diários de embriagásseis, Estas musicas são uma ótima trilha sonora para sua degradação alcoólica.

2002 - Lydia Lunch With The Anubian Lights - Champagne, Cocaine & Nicotine Stains

1.Nothing But Trouble. 4:05 2. Champagne ,

2.Champagne, Cocaine And Nicotine Stains

3.Potango Tango. 3:51

4.Guernicana. 2:17

5.Potato Tango (Remix). 4:24 Remix - Anubian Lights
Download

quarta-feira, 5 de agosto de 2009



Uma rosa violeta

Obelisco feminino seus olhos mortíferos,
Sensualidade felina, seus mistérios a muitos perturbam o sono,
Pungentes olhos melancólicos sabem também brilhar e sorrir como criança,
Teu nome por si mesmo abnegada, ela é outrora outro,

Seus sonhos fogem de suas mãos
Seus gestos mal compreendidos, mas sempre atraentes,
Seus lábios conhecedores de ambos os sexos
O seu coração, excelência muitas vazes consternado,

Quem és tu? Ser de dois sentidos; perguntar-lhe-iam,
Pouco sabem, nunca teriam respostas,
Coração tumefacto de emoções.


[ Homenagens a uma amiga muito amada]

Marcelo Felipeti
Fotografia: Nobuyoshi Araki

Retórico Devasso



O que diria eu mesmo de minha falsa realeza?
Sirvo-me uma grande dose de falça elegância,

O que é viver de vontades e ganâncias?
Para onde futuro e passado se presente inexiste,
Meu sexo convulso de anseios voluptuosos
Minha alma mal crescida, já tão falida e esquecida.
Minha verdade só a mim me cabe?
Governo sem que ninguém me ouça; mas tudo sempre faz sentido!
Minha arte já á tempo se fez lodosa.
Cansei de questionar-me.Só o que crio são monstros e dúvidas?
Não mais concentro-me no que aprecio,
Estou perdido em algo que nem sei se sou eu.
Acredito sem dúvida!contradizendo-se-me-ei logo a pós;tornando á afirmar redundantemente contraditório.
Não vejo mais onde palavra nem mesmo imagens,
Minha arte apenas eu posso ver,
É um veneno que me coroe,
É uma neblina que me sega , um impulso que me aprisiona

Embriagado mais uma vês...



Marcelo Felipeti