quarta-feira, 5 de agosto de 2009


Retórico Devasso



O que diria eu mesmo de minha falsa realeza?
Sirvo-me uma grande dose de falça elegância,

O que é viver de vontades e ganâncias?
Para onde futuro e passado se presente inexiste,
Meu sexo convulso de anseios voluptuosos
Minha alma mal crescida, já tão falida e esquecida.
Minha verdade só a mim me cabe?
Governo sem que ninguém me ouça; mas tudo sempre faz sentido!
Minha arte já á tempo se fez lodosa.
Cansei de questionar-me.Só o que crio são monstros e dúvidas?
Não mais concentro-me no que aprecio,
Estou perdido em algo que nem sei se sou eu.
Acredito sem dúvida!contradizendo-se-me-ei logo a pós;tornando á afirmar redundantemente contraditório.
Não vejo mais onde palavra nem mesmo imagens,
Minha arte apenas eu posso ver,
É um veneno que me coroe,
É uma neblina que me sega , um impulso que me aprisiona

Embriagado mais uma vês...



Marcelo Felipeti


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