sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Teus cigarros e tuas feridas

Minha doce princesinha, porque seus olhos sangram?
Minha pequenina, consternada, tão mulher,
Seus lábios manchados, seus olhos negros,
Parece tão forte, sorri tão intensamente, seus passos são tão firmes!
Abraço-lhe, teus olhos tumefactos derramaram em lagrimas profundas,
Suas sórdidas feridas

Pelos becos escuros cambaleia até seus objetivos,
E no clarão dos olhos pisa firme com seu salto alto.
Tão orgulhosa minha garota.
Minha pequena crias-te esse seu veneno para defender-se,
Acalme-se só por agora, suas garras afiadas em vermelho,
As guarde para mais tarde Ana.

Busca-me um café por for favor e conte-me seus problemas;
Acendes-te seu fiel amigo, e fumaste como se fosse o ultimo.
Tanta magoa, a vida ensina-lhe tão jovem,
Mataste Deus, tão cedo,
Mas ainda sonhas, minha pequena, ninguém afogou seus sonhos,
E por isso ainda vive.
Marcelo Felipeti
[também em homenagem a uma querida amiga]

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