quinta-feira, 4 de março de 2010

Pela manhã

“Mais uma manhã, levanto-me estremunhado, e quando me dou conta do que era um sonho e de que tenho um dia de “vida” estrépida, e de fato real, sussurro rotineiramente; inferno de vida. Levanto-me procurando o lado direito da cama, para que meu dia seja menos pior, a cidade já está acordada, os carros passam barulhentos e o sol grita ao asfalto. Ao jardim, um pequeno gatinho passa felino entre as flores e é nisso que tento me apegar durante as manhãs, o café logo me desperta, e agora o que quero é apenas a companhia de um silencioso e acolhedor cigarro.
Pode parecer um tanto estranho, mas quando pequeno lembro de despertar e me sentir puro, tão puro que deveria acordar e fazer algo ruim, hoje desperto e... me sentindo um peso. Apático, me sento em frente a maquina de escrever, e ali fico, durante algum tempo, num intermediário de pensando ou mesmo nada na cabeça sem saber o que fazer, eis uma pergunta constante em minha cabeça, o que fazer? O que fazer de meus amigos o que fazer da minha vida o que fazer naquele momento ou o que fazer em relação a qualquer coisa, o que fazer?. Observo o bico de pena e o tinteiro, um desenho? Observo o maquina de escrever, um texto? Observo o guarda roupas, fotografias? Um filme um livro. E tenho tempo... tenho tempo para distrações? Afinal o que tenho, não sei se de fato tenho alguma coisa.

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