quinta-feira, 16 de junho de 2011

Me ponho a pensar aquilo o que o tempo esqueceu, a sentir o que o agora insiste em ser, perscrutando o depois, perquirindo-me, tu crescendo em minhas entranhas e teu cuspe quente em cada vaia de meu corpo, desejo seu toque tua pele na minha, assisto o filme de nossas utopias diante de meus olhos.

Chorando o talvez, desfaço as certezas, rindo do que sou , do que pensam que sou e do que querem que eu seja, guardando os que foram, abraçando os que irão, carregando os sonhos, abluindo as ilusões, nada será em vão. E neste mesmo segundo, observo vocês, atentamente, seus olhos tristes, seus gestos angustiados, e todas as boas noticias pouco duram, pouco mudam , e se mudou , os teus olhos continuam os mesmos, os gestos apenas um pouco mais treinados. E neste mesmo segundo temo os laços, sofro as trevas dos Deuses metafísicos, sangro nas correntes do cotidiano, vivo o que não sou no deserto das circunstâncias, urrando na anciã sobre o que elevam o certo elegendo o errático , vomito mareado a embriagues da realidade, sou insano compreendendo a vida, sou criança sonhando a felicidade, sou perverso desejando o fruto. O que falo é de um segundo, um segundo vago, de olhar vago, achando estar vazio, pouco sabem os segundos sobre mim.

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