sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Aos Deuses demônios alados, à ira dos céus e da terra,

Aos Reis, o Deus na terra, a guerra santificada,

Ao ouro, pepita da glória, à gloria o esplendor da múmia.

Ao santos, santificado seja o poder, aqui em minhas terras em minha ordem, a vaidade do topo da luz, brilho feroz, sepulta, degola, atroz.

À clareza da mão real, e o estourar dos tendões negros do animal, ao roxo das garganta da bruxa do leste, à carne em chamas das bruxas do oeste, mães, parteiras, curandeiras.

Ao fogo, pólvora, estopim, aos gritos e porquês já que foram fieis sim, à mentira, e o riso, de quem sabe, e o pranto, nada comem, e o riso, dos que fazem, e pranto, nada sabem, e o riso, dos que mandam, e o pranto, nada fazem, e o riso dos que gozam, a dor dos que pranteiam.

Ao capital: as maquinas, ao capital: o alimento: ao capital: as marcas: ao capital a cura: ao capital: a terra: ao capital: o sangue: ao capital: a guerra: ao capital: o homem.

À terra: o sangue: à terra: os esgotos: à terra: buracos: à terra: os aranhásseis, à terra: o petróleo, à terra: o urânio, à terra, não à mais terra.

À historia, o espanto, a boca caída, o estomago acido, o peito oco, os olhos um roxo, um posição, a fetal, lagrimas, pânico, a insustentável verdade do ser, lagrimas, vergonha, de ser humano, ser homem, descendente, vergonha..

Chorei de vergonha, vomitei de indignação, para não me internarem, disse que era uma atuação, para não esquecerem, transformei tudo em canção.

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