sexta-feira, 26 de março de 2010


Me diga quem vai te olhar como se visse o mar?
Me diga quem ira cantar uma canção de ninar?
Me diga quem sangrará e se fará pó, quem sacrificará o sol e os pés por você?
Me diga, quem...?
E se me torno tal estrutura me dizem ser o culpado, sou de fato culpado?
Minha mente inquieta, não sabe mais se pensa, arde-me primeiro sentimentos,
Me estrago por você, destroços de verdadeiras possibilidades de felicidade, é o que vejo.
Desisto de vocês, mas não posso desistir de mim,
Poderei me fazer eterno?contradizendo-me em questões e duvidas, concepções do que é eterno, do justo ou natural...
Será que um dia eu sorri de verdade... Sem aquele lado que me rompe um vazio assustador, constantemente, quando durmo,acordo, mesmo quando sinto o vento em minha face um sopro doce,
Não me faço gênio, e também não me dou por satisfeito, não me faço corrupto e nem me deixo explicito uma vagabunda, não me é permitido amar, e meus sonhos... luto desesperadamente por não perde-los, por que, é o que me resta, e banhado de ilusões me faço personagem, de um mundo fantástico onde seus olhos me olham, e meu pés tocam o vento, e as sombras me transportam.
És sem duvida, neste o qual derramarei lagrimas cálidas, neste o qual palavras se confundem, querem tornar-se poesia, polida se quer fazer em doce e não cuspida arte, como um sopro onde transfere-se sutilmente sentimentos, imóvel tenebrosa flor pálida, seu cheiro doce cheira o doce da morte, e me faço amargo, és premeditado posso eu pensar, e penso, dês de feto sou inseto, e se sinto eu minto e se digo não digo e se faço não fiz e se existo não sou... e se por um acaso eu estiver sorrindo, tenha dó, é o sorriso do bobo da corte.

Fotografia e texto: Marcelo Felipeti J

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