Em tom de desgraça o sapato e a fumaça o palpite e a cachaça te veste em trapaça e vem sem graça onde passa sem raça, para numa praça, teu buraco a vida palhaça te escorraça, só se é caça. “meu bom amigo” diz alguém que outrora era de sangue, e em sangue agora vê o urubu que carniça sua cachaça e tua fumaça, mendiga sua traça por mais desgraça.
Se vê o velho amigo de raça sem ser caça bem que passa,
Se vê a ricaça pela vidraça magra que passa como a palhaça louca desgraça nova magra sem face sem nome sem nada.
Se vê o político que fala sereno, boêmio, na tv do botequim do seu Joaquim, corvo de terno preto arregaça a maga para sua presa , estraçalhar sem se enganar.
Se vê Maria na pia, esfola as mão em ácidas lagrimas de saudade,
Se vê a puta que a carne oferece culpada por maltratada se vê empinada para que o cuspe da noite não atinja a alma já ferida,
E o inferno coletivo passa carregado de palhaços cansados que lutam por seguir seu caminho traçado por corvos,
De lata não se faz mas o futebol, mas para agressivas feridas se faz subterfúgio de uma criança rica em ódio e calos.
De pão se faz veneno, o leite azedo da mãe de filho órfão, servem-se homens solitários, e o mel nos atrai como formigas à uma armadilha de tem quem diga que é a vida.
Subterrâneos terrestres, lamacentos craquelados de viva terra ou morta fumaça cheia de desgraça, olhos negros decaídos e famintos, teus pés descalços vaga sombrio pela terra ardente ou asfalto quente, teu corpo suga calor de um chão frio e seu amor foi-se num papel na beira do rio, senil olhos mortos num passado não menos doloroso mas saudoso por achar vida poesia, e lixo fantasia. Mamãe já não se ouvia, num céu nublado talvez sorria, mas teu sangue ainda escorria numa parede de fantasia, luzes perfurando a escuridão, “ainda me lembro logo ali ela ao chão.”Se vê o velho amigo de raça sem ser caça bem que passa,
Se vê a ricaça pela vidraça magra que passa como a palhaça louca desgraça nova magra sem face sem nome sem nada.
Se vê o político que fala sereno, boêmio, na tv do botequim do seu Joaquim, corvo de terno preto arregaça a maga para sua presa , estraçalhar sem se enganar.
Se vê Maria na pia, esfola as mão em ácidas lagrimas de saudade,
Se vê a puta que a carne oferece culpada por maltratada se vê empinada para que o cuspe da noite não atinja a alma já ferida,
E o inferno coletivo passa carregado de palhaços cansados que lutam por seguir seu caminho traçado por corvos,
De lata não se faz mas o futebol, mas para agressivas feridas se faz subterfúgio de uma criança rica em ódio e calos.
De pão se faz veneno, o leite azedo da mãe de filho órfão, servem-se homens solitários, e o mel nos atrai como formigas à uma armadilha de tem quem diga que é a vida.
Sangue de família humilde que ao chão seca, não vinga, nem erva daninha, semente que nem andorinha ah de comer, semblante sórdido de um Brasil que, devora a carne já alto consumida pela fome nada gentil.
Texto e Fotografia: Marcelo Felipeti J
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