quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Velhos amigos




Como num filme, quando a câmera se afasta vagarosamente em um clima dramático, deixando para trás um de seus personagens, que olhando fixamente para câmera inexpressivo esvanece-a entre a neblina das saudades. Você sente que não mais tornará a ver-lo novamente, sente que por mais que lute se rebata, e grite o filme já está feito, e nele, este personagem já esta destinado a ser um coadjuvante. Tal qual, nem ele mesmo parece perceber, ou simplesmente não se importa.
Sinto saudades, palavra a qual inflama o coração ao pronunciá-la, saudade... Saudade palavra doce cheia de amor, palavra cujo português enriquece-se ao possuir-la, palavra que me enche a alma.
Desluzir-se-á todos aqueles que um dia me cativaram, porem... levianos ao nosso elo pois já construído firmemente em meu coração, sua luz permanecerá no nevoeiro de um passado, no entanto, não deixarei de observá-los, tristemente em espreita, para quando a qualquer momento que surgir nesta nova pessoa a qual não mais conheço, aquela que no passa me cativou, tomar-vos-ei em meus braços como voltastes dos mortos e os amarei como se nunca tivessem me abandonado.


Texto e Fotografia Marcelo Felipeti J

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