segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Sonhos abstratos com letrinhas ao prato.



...apoiava-se a parede ao lado de uma imensa tela a óleo, de um negro leão que rugia a uma mística lua, entre dunas em um deserto desenhado por sombra de uma lua cheia.Observava distraído a seqüência de suntuosos lustres que pendiam de cúpulas do extenso e largo corredor onde pilastras se estendiam ao alto. Teu olhar vagueava, entre uma pessoa e outra , com seus trages deslumbrantes e misteriosos, com suas aparências exóticas.As chamas das velas refletiam os cristais dos imensos lustres que por todo o corredor e todo o salão, cintilavam como fadas num palácio fantástico, o som de violinos Cellos e bandolins preenchiam todo o espaço, junto ao som das águas que escorriam serenas da fonte iluminada, na imensidão do salão ao extremo do corredor em todo seu esplendor, quando seu olhar se fixara então, em uma figura que se mesclavam doçura, e sensualidade felina, uma androginia angelical e demoníaca, cobra que serpenteia nas escadarias do salão, vindo então em sua direção, vulto que vaga e trás consigo os ventos do sul e o perfume do orvalho. Naquela noite conheceram-se, e na mesma, deleitaram-se e amaram-se, aproveitando as delícias da carne. O ser hermafrodita nada proferia ao seu respeito, uma inefável ligação entre ambos nada mais pedia naquele momento. Após o gozo, entre uma caricia e outra...

texto e fotografia: marcelo felipeti j

Nenhum comentário:

Postar um comentário