terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Um conto, escrito e narrado por mim,
feito por ti, o qual dedicou o fim, a mim,
agora recolho a pena, e sigo escrevendo sozinho ,
esperando uma linha amena.

O Gato vira-latas e o Leal real

Primeiro ato: O começo, de um fim.

Da humidade do vento da chuva, nasceu um novo fruto de doce carinho, néctar, lábios,
E caroço amargo e duro. Minhas mãos, lábios, olhos, mente, coração, entranhas, estão em cima de um muro, nas garras nos dentes de um leão altivo e maduro. Pedaços de mim ora ou outra pulam o muro, carregados por esse leão altivo e maduro. Vago do outro lado do muro, despedaçado, inseguro, observo distante a cúspide de seu castelo do outro lado do muro.
E repentinamente, ladino em obstruosidade de lá para cá pula o muro, traz-me seu fruto doce, lábios, néctar, maduro, acolhe-me em sua juba um gatinho moribundo. No soar das trombetas da realeza, num pulo, retorna, apenas me resta um caroço amargo e duro.
31/12/1011

Segundo ato: O ponto final antes do Carnaval.

Em quanto sonhava, um sonho o qual perdia-se no horizonte em sua bela fronte, Ele despejou sobre meu colo, minhas entranhas em pedaços, aquele o qual um dia acolheu-me em teus braços, retornou ao teu castelo ao teu rei teu império. Despertei aturdido, recolhi todos meu pedaços mastigados, o bagaço desprezado. Busquei em meu casaco velho minha velha agulha , e voltei aquela historia de vagar a costurar retalhos , questionando-me se logo logo estarei vazio como um triste espantalho.

31/01/2012

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