sexta-feira, 29 de julho de 2011

Amargurados assim

“Geração trauma” disse, e rimos, riso amargo e debochado, então bebemos, café amargo e mais um trago, e sonhamos, e tropeçamos naquelas lembranças loucas, nas amargas e soporíferas também, e nos perguntamos do amor já que tão escassa foi essa flor, e de velhos amigos lembramo-nos, já se foi, que mais se foi?
E se vamos, indo assim, neste ritmo de blues, e nos perguntamos, mais um traço amargo surgiu em mim? e lhe respondo o quão bela és para mim, e nos questionamos, por que ninguém mais nos ama assim?
Escarramos política, choramos uma nova poesia, inflamamo-nos em um novo cinema, debatemos um novo sexo, e fumamos mais uma infância.
Velhos amargos assim, quem diria que eu diria isso de mim.
Que surpresa trouxestes para mim! Tão verdinha cheirosa assim! E tragamos cinematograficamente, e dançamos e crianças novamente nos tornamos. Minha pequena, como nos criamos juntos assim? Como nos tornamos tão sensíveis assim?
Minha amada um dia ei de lhe trazer mil flores, sim, e com teus amores um grande jardim nos enterremos em jasmins.

Um comentário:

  1. muy lindo, te devo textos, com certeza os melhores que podem sair de mim, sendo você a figura mais vívida, forte, única e humana que conheço...

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