sábado, 19 de novembro de 2011

A lucidez que teus beijos me roubaste.



Beije os lábios da cidade em choque de fios e para raios e observe, veja a sujeira que vem, estranho reflexo em meus olhos, ela me fez parte, grudou em minha nuca e me sentou junto a ela em minha sala de estar, cometeu seu crime, incriminou-me, pago-os sequelado de horror, tenho os trejeitos do medo, da vaidade, o do desejo negado, desejo cuspir teus beijos, estuprou-me ausente de verdade, ouvi um jazz triste, um porco que ria e ria e engasgava com a fumaça. E senti toda essa desgraça, largado em uma praça.

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