sábado, 19 de novembro de 2011

O bufo quente bufa a fera, bufo estupefacto de teu erebo, réptil viscoso sutilmente serpenteia contornando a tela e essa idéia.



O sol toma tento e queima os sentimentos esturricados,



Não, não, murmurados , rangendo dos pulmões.



Que essa reza fuja das prisões, que essa tinta escorra, a tela dum sonho tosco.



Buscam os céus a carne fresca, numa ciranda grotesca, VERTIGEM, VERTIGEM, a dor atinge a calma da desesperança, LAVA, derrama e lava, lava a água que sai da alma, molha o painel que os músculos da maquina não obedecem mais.



Jazida nestas terras, quem vai pagar? Quanto é pra parcelar?



É brincadeira de criança moderna? Agonizar na terra? Agonizar na terra?



É ela e a fera, areia, calango, serpente, o sol, alguém na garganta inexistente pra clamar. Que poderia ser daquele onde não tem espaço para sonhar, papel para datilografar o vazio de tua mula manca.



O mais próximo contato com Deuses, dos pilares de concreto estéril, é ,Madame, Madame De Lá, entrevistadeira que estrevistô a gente da farofada de cá, figura esguia, tripa leitosa que se não fosse chic seria uma judiação pomposa.



A boneca frouxa de carne roxa da palha pendente do bucho onde os urubus faz lambuzo, afogou um grito em sangue, ecoou no espaço. Zé ria que essa menina queria que queria ser redatora, queria por que queria pobre Maria. Foi caraminhola que Madame de lá trouxe pra cá ele dizia.



De repente, um cheiro do passado, no ato do enquadro, é o leite azedo desmamado, a cachaça e o cigarro do engendro desgraçado, o qual a vendeu por uns trocados.



Mas quem sabe no lado de lá, a menina num vá conhecer o mar.



O urubu lá no alto, o qual é o primeiro a mordiscar? É o do sistema que quer carne sofrida para a engrenagem funcionar, farofada de tutano de cidadão fulano é o prato fino zé, você ta ai zé? Zé ta no prato, né zé.



Ninguém quer lavar o rosto de verdade,


Estão maquiados de vaidades,


Ninguém quer lavar as mãos em verdades,


Estão atados em vaidades,


Ninguém quer tocar a verdade,


Tem nojo do que sai ao orifício,


Ninguém quer a liberdade,


É mais fácil zelar a engrenagem,


A forma está feita! Dizem os ventríloquos.


Produzam! Gritam os bonecos.


Seu espaço está traçado, dizem os Deuses,


E os homens giram incansáveis em sua redoma,


Girando , girando, nem sentem o sintoma,


Da cegueira humana que o diabo doma.



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